Rodoviários

Ônibus de 3 empresas deixam de circular por falta de pagamento

Os coletivos da São Benedito, Autoviária Matos e Marina não circulam hoje, conforme decisão Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Os usuários deverão ser prejudicados pela paralisação dos coletivos das três empresas.
Os usuários deverão ser prejudicados pela paralisação dos coletivos das três empresas. (Os usuários deverão ser prejudicados pela paralisação dos coletivos das três empresas de São Luís)

SÃO LUÍS - Os coletivos de três empresas do sistema de transporte (São Benedito, Autoviária Matos e Marina) não circularão a partir de hoje,10, em São Luís. A decisão foi tomada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (Sttrema) por falta de pagamento das empresas aos motoristas, cobradores e fiscais. Segundo a entidade, em alguns casos funcionários não recebem benefícios há três meses.

Ainda de acordo com a Sttrema, caso as pendências não sejam quitadas até às 18h de hoje,10, os veículos das empresas devedoras permanecerão retidos nas garagens por tempo indeterminado. A direção do sindicato frisou que a medida de impedir a circulação dos coletivos foi “considerada extrema”, pela desobediência ao acordo de trabalho firmado em convenção coletiva. Segundo a entidade, os empresários devem quitar os salários dos trabalhadores até o quinto dia útil de cada mês.

O impedimento na circulação de veículos deverá prejudicar parte dos 700 mil usuários do transporte na capital maranhense, de acordo com dados do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET). Com isso, os táxis-lotação, os táxis convencionais e, até mesmo, os veículos Uber deverão ser alternativa para o deslocamento na cidade.

No ano passado, a direção do Sttrema sinalizou com paralisações devido aos atrasos nos salários em, pelo menos, três ocasiões. Em novembro do ano passado, uma decisão expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) impediu o movimento. Outras ameaças também aconteceram nos meses de janeiro e junho de 2017. Além da questão salarial, outra razão comumente usada em anos anteriores pelos rodoviários para greves foi a insegurança, devido ao número de casos de assaltos. Até o momento, o Sttrema não informou o levantamento de assaltos em 2017.

Aumento de tarifas

Enquanto os rodoviários questionam os atrasos constantes no pagamento dos salários, os empresários do sistema, por sua vez, mencionam os prejuízos em decorrência da elevação dos custos, em especial, de combustível. Por isso, desde agosto do ano passado existe um movimento dos donos das empresas para que a Prefeitura de São Luís autorize a elevação nos valores das tarifas dos coletivos.

Segundo os empresários, apesar dos pedidos, o Município, até o momento, não sinalizou com qualquer mudança nos valores. Procurada por O Estado, a Prefeitura de São Luís não se pronunciou sobre o assunto.

Saiba mais

Em Imperatriz, no dia 6 deste mês, os valores das tarifas do transporte coletivo foram reajustados em 16%. Na capital, São Luís, o último reajuste nas passagens de ônibus aconteceu em março de 2016.

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