Solidariedade

Voluntária faz “vaquinha virtual” para Natal no Haiti

Ela realiza a iniciativa desde o terremoto devastador registrado no país em 2010

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Áurea Lopes viaja todos os anos para fazer o Natal das crianças
Áurea Lopes viaja todos os anos para fazer o Natal das crianças (Aurea)

Dia 12 de janeiro de 2010. Desta data em diante, a vida não seria mais a mesma para a voluntária maranhense Áurea Lopes, que testemunhou, ainda que à distância, um terremoto que devastou o Haiti, um dos países com os piores índices de desenvolvimento humano do mundo. Desde então, todos os anos, a maranhense segue para o país e realiza um Natal em três orfanatos na capital, Porto Príncipe. No sábado, 23, ela viajará mais uma vez ao Haiti, e pede ajuda de colaboradores para a compra de brinquedos e alimentos às crianças.

A voluntária visitou O Estado e contou como começou o projeto. Ela, que já desenvolvia há mais de uma década um projeto intitulado “Melhor Viver” para pessoas carentes no bairro Liberdade, em São Luís, decidiu ir à luta e viajou sozinha, há sete anos, para a capital haitiana. “Vi toda aquela situação e decidi que tinha que fazer algo mais”, disse.

Nos anos seguintes, ela passou a viajar até o país da América Central e se apresenta todas as vezes como voluntária de três orfanatos (La Maison des Enfants de Dieu, Chez Mami Soso e Foyer Mami Jo). “Todas as vezes que vou, de 2010 para cá, passo alguns meses por lá. Me dedico ao projeto de corpo em alma, sempre”, afirmou. Sem o apoio governamental ou de empresas privadas, a maranhense (natural de Paraibano) conta apenas com a ajuda de amigos. “Se não fosse pela ajuda de pessoas próximas, os haitianos estariam desamparados”, disse.

Atualmente, 242 jovens de zero a 15 anos são beneficiados diretamente com a ajuda da voluntária maranhense, que além de viabilizar ajuda local, também presta assistência educacional. “São crianças cujas condições de saúde ainda são precárias e que precisam de qualquer ajuda”, afirmou Áurea. Segundo ela, boa parte das crianças e adolescentes não possuem pai e nem mãe. “Elas precisam do apoio de voluntárias como eu”, disse. Ela informou ainda que, além dela, voluntários de outros países (como Estados Unidos e Canadá) também prestam apoio às crianças haitianas.

SAIBA MAIS

O projeto Melhor Viver possui Instagram (@projetomelhorviver), site (www.melhor viver.org) e “vaquinha virtual” no site (www.vakinha.com.br/vaquinha/natal-orfanatos-do-haiti).

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