Na Justiça

Ex-oficial do Exército tem audiência de instrução no Piauí

José Neto é acusado de ter assassinado a maranhense Iarla Lima e balear outras duas pessoas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Mãe da vítima, na audiência
Mãe da vítima, na audiência (mãe)

Pela primeira vez, depois do assassinato da filha Iarla Lima, Dulcinéia Lima, encontrou, ontem, com o ex-tenente do Exército, José Ricardo da Silva Neto, de 22 anos, durante a audiência de instrução e julgamento, que ocorreu no Fórum Criminal da capital piauiense. Segundo a polícia, o ex-oficial é acusado de ter assassinado a ex-namorada, a maranhense Iarla Lima Barbosa, de 25 anos, em Teresina, no Piauí, ocorrido no dia 19 de junho deste ano. Ele também é acusado de ter baleado Josiane Mesquita da Silva e Ilana Lima Barbosa.

A mãe de Iarla Lima rezou várias vezes e chorou antes do início da audiência. A sessão foi presidida pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antônio Reis de Jesus Noleto, que vai decidir se o acusado será julgado pelo júri popular. Um total de 11 testemunhas de defesa foi arrolado e oito pelo Ministério Público, que teve como representante o promotor de justiça Ubiraci Rocha.

Como assistente da promotoria, a advogada Karla Oliveira declarou que o objetivo da acusação é que o caso seja levado para o tribunal popular do júri, por ser responsável julgar crimes dolosos contra a vida. “Esperamos que o acusado seja pronunciado, posto que o inquérito tem autoria e materialidade delitiva do crime que ele cometeu. As provas são robustas e temos duas testemunhas presenciais", explicou a advogada.

Ouvida
Umas das primeiras pessoas a ser ouvida pelo magistrado, foi a irmã de Iarla, Ilana Lima. Ela declarou que o acusado era muito agressivo e ciumento e afirmou que Iarla Lima iria terminar o namoro com o ex-oficial.

Ainda de acordo com Ilana Lima, no dia do crime, o ex-tenente do Exército disse que estava passando mal e foi buscar Iarla no banheiro da casa de show. Dentro do carro, José Neto gritou com a vítima dizendo que não era criança e, logo após, efetuou os tiros. As balas atingiram Iarla, Ilana e Josiane da Silva.

A outra que foi ouvida pelo juiz foi Josiane da Silva. Ela disse que os médicos que a atenderam, informaram que se a bala não tivesse pego de raspão, teria morrido no local.

Também prestou esclarecimento ontem Arthur Rodrigues, amigo de Silva Neto, que disse que encontrou o ex-oficial no banheiro do seu apartamento, na capital piauiense, com uma arma de fogo na mão. Ainda ontem, estava previsto para ser ouvido o acusado e as outras testemunhas. Até a tarde de ontem a audiência não tinha terminado.

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