SÃO LUÍS - O ato de invasão ao terreno da Rádio Capital, no Parque Timbira, na quarta-feira,25, foi definido pela direção da emissora como ato de “terrorismo” e planejado “de forma articulada”. De acordo com nota, sem citar nominalmente possíveis autores, a ocupação da área, derrubada da torre de transmissão e o furto de equipamentos da rádio não teriam motivações apenas sociais e visavam “tirar de operação uma das emissoras de maior audiência da cidade”.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que já instaurou inquérito para investigar as circunstâncias do roubo, destruição e ocupação do terreno. De acordo com a pasta, depoimentos já foram colhidos, no entanto, as apurações ocorrerão sob sigilo.
Na tarde de sexta-feira, 27, invasores estavam construindo casas na área da emissora. Nenhum pessoa quis falar sobre a ocupação. Os restos da torre de transmissão ainda permanecem no chão. A Capital não informou, até o momento, se a torre será reconstruída e quando isso irá ocorrer.
Em nota divulgada na quinta-feira, 26, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) criticou a invasão à Rádio Capital. A entidade repudiou “qualquer ação arbitrária que atente contra a liberdade de imprensa e o pleno funcionamento da radiodifusão”. A Abert aguarda pela apuração dos fatos e lamentou que pessoas, “independentemente de seu propósito, venham a perpetrar atos de violência”
Até o fim da tarde de sexta-feira,27, nenhum dos equipamentos havia sido recuperado. Atualmente, a emissora é considerada um dos principais canais de oposição à atual gestão do Governo do Maranhão.
A direção da Capital deverá, via judicial, requerer a posse do terreno. Segundo a direção, ainda por meio de nota, “outras medidas estão sendo tomadas, inclusive junto a órgãos policiais federais, para investigar o ocorrido”.
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Nota da Abert
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) repudia a atitude do grupo que depredou os transmissores da Rádio Capital AM, em São Luís (MA), na madrugada de quinta-feira (25).
Um grupo de aproximadamente 30 pessoas, portando facões e pedras, invadiu o terreno da Rádio Capital, onde funcionavam os equipamentos de transmissão. Além de atearem fogo, as torres de transmissão foram derrubadas e a rede elétrica destruída.
É lamentável que pessoas, independentemente do seu propósito, venham a perpetrar atos de violência em detrimento da integridade patrimonial de uma concessionária de serviço público.
A Abert repudia qualquer ação arbitrária que atente contra a liberdade de imprensa e o pleno funcionamento da radiodifusão. A Associação espera, ainda, a rigorosa apuração dos fatos e a punição dos responsáveis
Paulo Tonet Camargo
Presidente
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