Perigo

Pontos turísticos de São Luís estão inseguros

Locais como o Centro Histórico estão com o sistema de vigilância danificado; recentemente, dois assassinatos chamaram atenção

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35
Próximo a local de assassinato, câmera de vigilância está quebrada
Próximo a local de assassinato, câmera de vigilância está quebrada (Centro Histórico)

Os registros de cinco assassinatos em três meses, sendo três deles registrados em pouco mais de uma semana (nos dias 8, 14 e 20 deste mês), chamaram a atenção para os problemas de insegurança em pontos turísticos de São Luís, como o Centro Histórico e a Avenida Litorânea. Nesses locais, O Estado constatou que há problemas na vigilância das ações delituosas, seja pela falta de manutenção de equipamentos eletrônicos ou pela ausência de guarnições da Polícia Militar (PM). O crime mais recente aconteceu na Rua do Giz, ao lado da Praça Benedito Leite, onde um homem identificado como Heudérick dos Santos Mota, de 34 anos, matou com várias facadas o seu colega, Francisco de Carvalho Silva Macedo, de 37 anos. O acusado do crime foi preso pela guarnição do Batalhão da Polícia Militar de Turismo (BPTur).

Na Praia Grande, ao lado da Casa do Maranhão, no dia 8 deste mês, onde um jovem identificado como Gemyson Kleyton Machado Pereira, de 24 anos, foi assassinado por um policial civil que estava em perseguição a assaltantes, a câmera de videomonitoramento que deveria registrar as imagens dos movimentos na região está quebrada há várias semanas.

Eu penso duas vezes antes de tirar o celular para o registro de fotos. Não se sabe até que ponto a gente pode ir, diante de tanta insegurança” Victor Borges, turista de Belém/PA

Caso o equipamento estivesse ativo, poderia ajudar na elucidação do crime. De acordo com a vendedora ambulante Rosinete Alencar, que tem uma banca de bombons ao lado do local onde aconteceu o crime, a rotina está sendo alterada por causa da violência no Centro Histórico. “Eu ficava até mais tarde em vários dias, mas há dias em que perto das 22h eu já estou recolhendo a minha banca”, disse. Ela contou ainda que, no dia do crime, já havia saído. “Graças a Deus não estava no local na hora. Fui logo para casa e, pelo jeito, fiz certo”, disse.

Na Rua Portugal, Centro Histórico, trecho de grande visitação nos dias de semana, não havia policiamento na tarde de segunda-feira, 16. O Estado flagrou apenas uma viatura da PM estacionada a poucos metros da Praça Nauro Machado. O detalhe é que não havia nenhum policial no interior do veículo. “Eu sinto falta, por exemplo, dos trailers da polícia aqui. Acho que deveriam voltar”, sugeriu a comerciante Rosário Bastos, que tem um estabelecimento de vendas de produtos turísticos na Praia Grande.


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Os taxistas que têm ponto de embarque em frente ao Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, também reclamaram da insegurança. “Para a gente ver aqui uma polícia é de ano em ano”, afirmou o taxista Nonato Silva, que atua como profissional no Centro Histórico há mais de 10 anos.

O turista de Belém (PA) Victor Borges, que tirava fotos no Beco da Faustina, Centro, na tarde de segunda-feira, afirmou que não havia se encontrado com nenhum policial militar até aquele momento. “Eu penso duas vezes antes de tirar o celular para o registro de fotos. Não se sabe até que ponto a gente pode ir, diante de tanta insegurança”, disse.

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