Derrubada

Famílias são retiradas das vilas Maruim e Areal, na área da Camboa

Além de moradia, polícia afirma que casebres estariam sendo usados por criminosos, como área de esconderijo e de venda de drogas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35
Casebres são derrubados em áreas às margens da IV Centenário
Casebres são derrubados em áreas às margens da IV Centenário

SÃO LUÍS - Um total de 115 famílias foi retirado ontem das palafitas das vilas Maruim e Areal, localizadas às margens da Avenida IV Centenário, área da Camboa, durante uma ação coordenada pela Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), com apoio da Polícia Militar e de funcionários da Blitz Urbana. As localidades estão no entorno do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Rio Anil e, segundo a polícia, além de moradia, os casebres estariam sendo usada por criminosos, principalmente, como área de esconderijo e venda de droga.

Trator derrubando palafitas, vários moradores fazendo mudanças ou carregando móveis, carros de mudança cheios de pedaços de madeira, casas derrubadas, entulho espalhado pela área do mangue e um forte contingente policial composto por militares do 9º e do Batalhão de Choque. Este era o cenário que foi visto ontem nessas localidades.

O major Joanilson, que é subcomandante do 9º Batalhão da Polícia Militar, disse que os militares estavam nesse local apenas dando apoio aos outros órgãos públicos para que a reintegração pudesse ocorrer dentro da legalidade. “Estamos com mais de 100 militares para que a ordem seja mantida nesse local”, declarou Joanilson.

Ele ainda informou que as guarnições do 9º Batalhão da Polícia Militar como também os integrantes do Choque já realizaram várias incursões nessa localidade com o objetivo de prender traficantes de droga e foragidos da Justiça e também desarticular bocas de fumo. O comando da Polícia Militar já determinou que viaturas da corporação realizassem, de forma diária, rondas nessa região.

Trator derruba construção, observado por moradores e PMs
Trator derruba construção, observado por moradores e PMs

Segundo o major, esse local também era utilizado por integrantes de facções criminosas e até mesmo servia como esconderijo para foragidos do Poder Judiciário. “Esse local era ponto de esconderijo de marginais e também muitos desses moradores pretendem ficar nesse local para não pagarem tributos. Um deles é a conta de luz ou água”, frisou o major.

Área da União
A secretária de Cidades e Desenvolvimento Urbano, Flávia Alexandrina, também acompanhou a derrubada das palafitas. Ela informou que a área pertence à União, mas foi cedida ao governo do Estado para a construção dos apartamentos do PAC. Também declarou que todas as familias que residiam nesse local, foram atendidas pela equipe da área social da Secid.

Ainda de acordo com Flávia Alexandrina, a maioria dessas famílias já participa do programa de Aluguel Social, enquanto outras do programa federal Minha Casa Minha vida. “Todas essas famílias foram notificadas há mais de 30 dias e algumas delas já recebem um valor de R$ 500 para custear o aluguel de um outro imóvel”, explicou Flávia Alexandrina.

O local será urbanizado e nele vai ser construído uma creche com o objetivo de atender mais de 100 crianças, uma Unidade de Segurança Comunitária, uma quadra poliesportiva, uma área de lazer e recreação infantil como também para atividades físicas, principalmente, caminhada.

Uma das moradoras, que não quis se identificar, disse que recebeu dinheiro referente ao pagamento do Aluguel Solidário, mas acabou usando para comprar alimentos para os filhos, que são menores de idade.

Um outro morador, identificado como Antônio Melo, declarou que já tem uma casa para levar a sua familia. “Estava acostumado a morar nessa localidade devido ser perto do mangue, onde consigo o sustento dos meus filhos e esposa”, afirmou.

O PAC

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Rio Anil foi lançado pelo Governo Federal no ano de 2007 e tem o objetivo de reurbanização de áreas
em cidades do Brasil.

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