Saúde

Índice de fumantes passivos cai de 12,7% para 7,3% no Brasil

Dado foi informado ontem, no Dia Nacional de Combate ao Fumo, e é comparação entre o anos 2009 e 2016; Aracaju, Porto Vermelho e São Paulo são as cidades que apresentaram a menor prevalência de fumantes passivos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Ministério da Saúde diz que número de fumantes passivos caiu no Brasil
Ministério da Saúde diz que número de fumantes passivos caiu no Brasil ( Ministério da Saúde diz que número de fumantes passivos caiu no Brasil)

BRASÍLIA - Ano a ano, o número de fumantes no Brasil e no mundo vem diminuindo, assim como o índice de pessoas que respiram a fumaça de cigarros alheios. A quantidade de fumantes passivos em ambientes domiciliares caiu de 12,7%, em 2009, para 7,3%, em 2016.

O dado integra a última edição da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) e foi divulgado ontem, data em que é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

“Estamos comemorando 42% de redução de exposição de fumantes passivos nas residências. Esse é o dado mais relevante desta solenidade”, afirmou o ministro da saúde, Ricardo Barros.

Segundo o levantamento, Aracaju, Porto Vermelho e São Paulo são as cidades que apresentaram a menor prevalência de fumantes passivos no ano passado, com 5,1%, 5,6% e 5,8%, respectivamente. Porto Alegre, no entanto, teve o maior percentual (10,4), no mesmo período.

O estudo apontou também que a frequência de fumantes passivos em ambientes familiares foi mais alta entre os jovens, de 18 a 24 anos, em ambos o sexo. “Precisamos atuar para evitar que principalmente os jovens façam uso do tabaco”, disse Ricardo Barros.

Pesquisa

Para chegar a essas conclusões, a pesquisa entrevistou 53.210 pessoas nas 26 capitais do país e no Distrito Federal. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2013, o tabagismo passivo foi a terceira maior causa de morte evitável no mundo, perdendo para tabagismo ativo e consumo excessivo de álcool. O Ministério da Saúde informou que, em 2015, 17.972 pessoas morreram em decorrência da fumaça do cigarro.

Estudos coletados pelo Ministério da Saúde apontam que a exposição à fumaça do tabaco está relacionada ao aumento do risco de câncer de pulmão, de infarto, e de várias doenças graves.

Redução de fumantes

O número de usuários de produtos derivados do tabaco também caiu de 15,7%, em 2006, para 10,2% em 2016, conforme indicou a pesquisa de Vigitel. A parcela de homens fumantes no país corresponde a 12,7%; entre as mulheres o índice é de 8%.

Quando analisada por faixa etária, a pesquisa revelou que é menor a frequência de fumantes entre adultos jovens antes dos 25 anos (7,4%), ou após os 65 anos (7,7%), e maior na faixa dos 55 a 64 anos (13,5%).

Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2015, o tabagismo foi responsável por 156.216 mortes. Por dia, 428 pessoas morrem por causa do consumo do tabaco.

Luta contra aditivos

O processo que julga a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proibindo o uso aditivos de sabor em cigarros (como mentol, cravo e canela) está parado no Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2012. Nesta terça, o governo reafirmou o posicionamento a favor dessa proibição.

A indústria do tabaco conseguiu liminar em 2013 para dar continuidade à oferta de cigarros com aditivos.

Frase

“Estamos comemorando 42% de redução de exposição de fumantes passivos nas residências. Esse é o dado mais relevante desta solenidade”

Ricardo Barros

Ministro da Saúde

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