Orla da Região Metropolitana

Segundo semestre deve ser praias mais limpas na Ilha devido à estiagem

Estimativa é de meteorologistas, com base na previsão do tempo na Ilha para o restante do ano; de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado, um terço da orla está limpo.

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Com fim das chuvas, praias devem ter mais trechos próprios para banho
Com fim das chuvas, praias devem ter mais trechos próprios para banho (Balneabilidade)

O segundo semestre deste ano deve propiciar praias mais limpas aos banhistas na orla da Grande Ilha. A estimativa é dos meteorologistas e de especialistas ambientais, que apontaram uma relação entre as altas temperaturas – comuns a partir de junho e a consequente escassez de chuvas - e a melhoria dos índices de balneabilidade que são checadas por obrigatoriedade judicial e semanalmente pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

Segundo o cientista ambiental Márcio Vaz, com a queda nos índices pluviométricos na Região Metropolitana de junho a dezembro, o volume de impurezas carregadas pela enxurrada – processo que ocorre especialmente em localidades com saneamento básico considerado precário – até as praias é menor, o que influencia positivamente na redução dos níveis de coliformes fecais na orla. “Na verdade, a relação não é direta com as altas temperaturas, mas com a queda no volume de chuvas, já que os rios e lagos estagnam e as impurezas não são levadas ao mar”, explicou.

Para o cientista, é possível ver a contribuição positiva da ausência de chuvas na pureza do mar em países de primeiro mundo, cujas condições sanitárias são mais favoráveis. “Não é uma exclusividade de São Luís este processo. Ele está presente em territórios com estruturas urbanas mais desenvolvidas”, frisou.

De acordo com levantamento feito por O Estado e com base nos relatórios da Sema, a partir dos meses de agosto e setembro, há um avanço na pureza das praias da Ilha. Em parecer divulgado pela Sema no dia 31 de agosto do ano passado, foi informado que apenas dois trechos estavam impróprios para uso.

Já no dia 9 de setembro do mesmo ano, em outro relatório da Sema, a quantidade de trechos impróprios dobrou (quatro no total). No entanto, o percentual de trechos com níveis de coliformes acima do permitido, à época, era de apenas 19%. Outros 81% dos pontos monitorados estavam liberados para banho.

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