Movimento ilegal e abusivo

Justiça suspende greve dos professores de São Luís

Com a decisão, docentes precisam retornar imediatamente às atividades; categoria está ciente da medida e, até o fechamento desta edição, ainda não havia se pronunciado sobre o assunto

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
O desembargador Ricardo Duailibe decidiu suspender a greve dos professores
O desembargador Ricardo Duailibe decidiu suspender a greve dos professores (O desembargador Ricardo Duailibe decidiu suspender a greve dos professores)

SÃO LUÍS - A Justiça suspendeu a greve dos professores de São Luís, por meio de decisão expedida, no fim da tarde de ontem,8, pelo desembargador Ricardo Duailibe. Com o parecer, motivado por pedido formal feito pela Prefeitura de São Luís, os docentes precisam retornar às atividades em sala de aula no prazo de 24 horas, contadas a partir da publicação da decisão. Até o fechamento desta edição, o Sindicato dos Professores do Magistério da Rede Municipal (Sindeducação) ainda não havia se pronunciado sobre o assunto.

Ainda de acordo com a decisão, em caso de descumprimento, os docentes deverão arcar com o pagamento de multa diária no valor de R$ 100 mil. Segundo o magistrado, a “greve padece de cristalinas ilegalidades, afetando diretamente oitenta mil alunos”. Para o desembargador, o movimento é considerado ilegal e abusivo.

Em contato feito por telefone por O Estado, a direção do Sindeducação confirmou – mesmo com a decisão judicial – a realização de uma manifestação hoje,9, a partir das 17h, em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, região Central da cidade. Durante o ato, os docentes deverão expor as reivindicações da categoria, dentre elas, reajuste salarial de 7,64%.

Segundo os professores, o aumento dos salários é possível uma vez que o Município teria recebido, recentemente, via Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), o valor aproximado de R$ 15 milhões que deveria ser aplicado em investimentos para a educação.

A greve da categoria começou no dia 1º deste mês e, até segunda-feira,7, 30% dos profissionais haviam aderido ao movimento - o que totaliza aproximadamente 1.500 professores. Por causa da paralisação, decidida no fim do mês de maio em assembleia da categoria, várias escolas públicas da capital não iniciaram as atividades neste semestre.

Além de reajuste salarial, os docentes também querem a efetivação da política municipal de construção de creches, melhoria na infraestrutura das unidades atuais de ensino, alimentação escolar de qualidade e regularização do transporte escolar. Sobre as demandas da categoria, até o início da noite de ontem,8, a Prefeitura de São Luís não se manifestou.

Mais

Reivindicações dos professores

- Reajuste salarial de 7,64%;

- Efetivação da política municipal de construção de creches;

- Melhoria na infraestrutura das unidades atuais de ensino;

- Alimentação escolar de qualidade;

- Regularização do transporte escolar;

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