Descaso

Praça da Alegria, no centro, sofre com mato alto e outros problemas

O calçamento do logradouro, de grande movimento no centro da cidade, tem danos e comerciantes reclamam da falta de segurança; usuários de drogas também estariam ocupando o local à noite, deixando bastante sujeira

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
 Mato está alto em canteiros da Praça da Alegria
Mato está alto em canteiros da Praça da Alegria

SÃO LUÍS - Entregue em março de 2015, após um ano de reforma, a Praça da Alegria, uma das principais do centro de São Luís não está recebendo a atenção devida. No local, o mato alto cresce sem controle e há sinais de vandalismo. Além disso, segundo florista que trabalha na praça, o local está ficando violento por causa da presença de usuários de drogas que ocupam as calçadas à noite, deixando bastante sujeira na praça.

Praça da Alegria, que estava degredada e invadida pelo comércio informal, foi totalmente restaurada, permitindo à população voltar a utilizar um espaço de fruição paisagística e de enorme importância para a memória da cidade. A reforma da praça começou em agosto de 2014 e foi concluída em março do ano seguinte. Antes do início dos trabalhos, todos os comerciantes foram retirados do local pela Prefeitura de São Luís.

O projeto de reforma da Praça da Alegria foi executado com recursos do PAC Cidades Histórias, do Governo Federal, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O novo projeto arquitetônico e urbanístico do logradouro foi elaborado pela Fundação Municipal do Patrimônio Histórico (Fumph), órgão da Prefeitura de São Luís. A praça recebeu melhorias no piso, no mobiliário, no paisagismo, além de instalação de nova iluminação, reforma do prédio central, que hoje abriga a Federação das Apaes do Maranhão (Feapaes), criação de espaços para floriculturas, desobstrução de calçadas, entre outras intervenções.

Essa praça fica no coração de São Luís e é muito frequentada por turistas que quando vem até aqui encontram essa bagunçaJôsy Sampaio, florista que trabalha na Praça da Alegria

Mas pouco mais de dois anos depois a praça já apresenta danos no piso. Nos canteiros, o que se vê é mato alto. Apesar das lixeiras, há quem jogue o lixo no chão. “O lixo é coletado regularmente da praça e o mato é podado com frequencia pela prefeitura”, afirma a florista Jôsy Sampaio.

Papelão usado como cama por usuários de drogas
Papelão usado como cama por usuários de drogas

Segundo ela, o principal problema da praça é a presença de usuários de droga que ocupam o local durante a noite. “Eles dormem aqui e quando a gente chega de manhã encontra restos de comida, papelão, urina e fezes espalhadas pela praça”, afirma Jôsy Sampaio. Ainda de acordo com ela, a presença deles provoca insegurança na praça.

Saiba Mais

Largo da Forca Velha

A história da Praça da Alegria remonta a 1815, quando o então ouvidor-geral do Crime, desembargador Francisco Leal, mandou construir no local uma forca para execução de escravos e criminosos comuns. Em 1849, por determinação da Câmara Municipal, a forca foi retirada e o espaço, urbanizado, com a colocação de bancos, árvores e plantas ornamentais. O Largo da Forca Velha passou, então, a chamar-se Praça da Alegria.

Ao longo dos anos, a praça recebeu outros nomes: Praça Sotero dos Reis (1868), Praça Colombo (1890), Praça 13 de maio (1929), Praça Saturnino Bello (1951) e Praça Coronel Manuel Inácio (1963). A população, teimosamente, continuou a chamá-la de Praça da Alegria. No centro da praça, funcionou, por muitos anos, o Jardim de Infância Dom Francisco, um dos primeiros da cidade.

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