Religião

Festejo de São Cristóvão acontece até o próximo dia 25 deste mês

Com o tema “São Cristóvão, 50 anos de fé e evangelização”, programação teve início ontem e envolverá 10 comunidades que integram a Paróquia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
São Cristóvão também é conhecido como padroeiro dos motoristas
São Cristóvão também é conhecido como padroeiro dos motoristas (São Cristóvão)

SÃO LUÍS - A Paróquia São Cristóvão, no bairro São Cristóvão, realiza até o dia 25 deste mês, o tradicional festejo de seu padroeiro, com o tema “São Cristóvão, 50 anos de fé e evangelização” e o lema “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho à toda criatura” (Mc 16,15). Além do festejo, a paróquia comemora seus 50 anos de fundação. E para isso uma vasta programação será realizada envolvendo todas as 10 comunidades que integram a Paróquia e a sociedade em geral.

A programação foi aberta ontem, com uma carreata seguida de missa, às 7h. A carreata é decorrente do fato santo ser padroeiro dos motoristas. “Esta devoção vem do fato de São Cristóvão ter carregado Jesus Cristo durante uma travessia e por ter realizado a travessia de muitas pessoas por um rio durante muito tempo”, explica o padre Orlando Ramos, pároco de São Cristóvão.

Até 25 deste mês, a Paróquia São Cristóvão estará com uma programação intensa para vivenciar este momento de comemoração do jubileu. Todas as noites haverá reza do terço e santa missa, a partir das 19h. “Ao longo deste período a imagem peregrina de São Cristóvão percorrerá as 10 comunidades que compõem nossa paróquia”, informa padre Orlando Ramos.

Programação

No dia 19, data do aniversário de fundação da paróquia, a missa das 19h, será campal e contará com a presença dos padres que na Paróquia trabalharam e do bispo auxiliar, dom Esmeraldo Barreto. No dia 25, dia do padroeiro, haverá a tradicional carreata que virá do sindicato dos motoristas, no Centro, às 15h, e a bênção dos carros. “Este é o meu primeiro ano na paróquia, por isso, já estou me preparando para este o momento de muita fé que é o pagamento das promessas dos motoristas que vem até aqui”, disse o pároco.

Por ser um ano jubilar, a programação deste ano contará com a “Cerimônia da memória dos cinquenta anos”, no dia 22 de julho, às 16h, com a presença de várias pessoas que fizeram parte das atividades pastorais ou sociais dessa comunidade de fé e que hoje têm muito a nos contar com seus depoimentos e testemunhos. O objetivo do evento é fazer um resgate de fatos que marcaram a história da Paróquia a fim de que as novas gerações possam conhecer e valorizar ainda mais a Paróquia a que pertencem.

O dia 22 deste mês contará ainda com o Show do Jubileu de Ouro, a partir das 20h, organizado pela Pastoral da Música Litúrgica da Paróquia, e objetiva homenagear os diversos grupos de música que na igreja de São Cristóvão já passaram ao longo desses 50 anos.

“Em 2017, temos a graça de celebrar os 50 anos de fundação da nossa Paróquia. Os paroquianos, por meio dos grupos, pastorais e movimentos estão empenhados na realização deste grande evento, afinal, temos muito o que comemorar”, destacou o pároco.

Paróquia

A Paróquia São Cristóvão está situada em uma das áreas mais movimentadas e populosas da capital, conhecida também por ser um importante corredor de mobilidade urbana e de fluxo de saída e entrada da capital do Estado, pois dá acesso à rodoviária, a BR-135 e ao aeroporto.

E foi essa característica da região que incentivou a devoção a São Cristóvão, cristão que, pela caridade, transportava as pessoas nos ombros para atravessar um rio sem pontes e de forte correnteza, que mais tarde ficou conhecido como o padroeiro dos condutores, sendo homenageado pelos motoristas de todo o mundo. A igreja que era, inicialmente, uma pequena capela, às margens da Avenida Guajajaras, foi crescendo, demarcando seu espaço e hoje é uma referência como ponto de encontro da fé.

Histórico

Erigida à Paróquia em 19 de julho de 1967, pelo então arcebispo, dom João Motta, foi a partir desta Paróquia que surgiram as atuais paróquias de São José dos Migrantes, na Vila Itamar, São Raimundo Nonato, no São Raimundo, e Nossa Senhora da Boa Viagem, na BR-135.

Os primeiros padres que passaram pela paróquia foram os da congregação do Santíssimo Redentor, ou Missionários Redentoristas, cujo pároco foi o americano padre João José Moffitt. No início dos anos 1970, os padres redentoristas se retiraram da paróquia e ela foi confiada à congregação dos Missionários do Sagrado Coração, com padre Humberto Guingarelli como pároco, que ficou na função até 1988. Em seguida, padre João José Koopmans assumiu a função de pároco até o fim de 1991. Padre Sílvio Salvadori foi o último missionário do Sagrado Coração a assumir a função de pároco de São Cristóvão, em 1992, já que, em 1993, ela passa oficialmente a pertencer ao clero diocesano da Arquidiocese de São Luís, tendo padre Félix Barbosa, como primeiro pároco dessa nova fase.

Atualmente, a Paróquia São Cristóvão compõe a forania São Cristóvão junto com mais seis paróquias e é formada por 10 comunidades Matriz, na avenida Guajajaras; Sagrado Coração de Jesus, no São Bernardo; Nossa Senhora Aparecida, na Vila Brasil; São Francisco de Assis, no Parque dos Sábias; Nossa Senhora de Nazaré, Ipem São Cristóvão; Santa Terezinha, no Jardim São Cristóvão II; Nossa Senhora do Repouso, na área da Vila Lobão; Santo Antônio de Pádua, no Baixão; Imaculado Coração de Maria, no Jardim São Cristóvão; e Nossa Senhora do Sagrado Coração, São Cristóvão.

Mais

São Cristóvão

Cristóvão é um nome que significa ‘o que leva Cristo” ou ‘aquele que carrega o Cristo’, e está intimamente ligado a história do santo. Segundo a lenda de São Cristóvão, ele era filho de um rei pagão que o dedicou ao deus Apolo, chamando-o Reprobus. Ele se tornou muito grande e forte e decidiu que serviria apenas alguém muito forte, poderoso e corajoso.

Assim, ele encontrou um rei que achava ser muito poderoso, até ter conhecido Satanás, a quem começou a servir. Para Reprobus nenhum dos dois era corajoso o suficiente. Reprobus encontra mais tarde um ermita que o converte à fé cristã, embora este ainda não estivesse convencido que deveria jejuar e orar a Cristo. Ele passava os dias ajudando pessoas a atravessarem um perigoso rio, até que um dia, ajudando uma criança a atravessar, notou que ela ia ficando cada vez mais pesada e ele sentiu como se o peso do mundo inteiro estivesse sobre os seus ombros.

Do outro lado, a criança revelou ser o próprio Cristo. Daí ele passou a ser conhecido como Cristóvão. Ordenado por Jesus a enfiar o seu bastão no chão do deserto, uma palmeira acabou nascendo naquele lugar - um milagre que fez com que muitas pessoas se convertessem ao cristianismo, mas que acabou na morte de São Cristóvão, decapitado pelo rei pagão que governava aquela região.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.