SÃO LUÍS - Após a Prefeitura de São Luís se pronunciar, conforme publicado por O Estado em sua edição de ontem,7, sobre os cortes nas verbas de saúde, os médicos lotados em unidades da capital maranhense se reunião hoje, na sede do Conselho Regional de Medicina (CRM), às 18h, para discutir o assunto. Além de abordar os descontos nos investimentos no setor, a categoria também se posicionará sobre reduções salariais, condições de trabalho, dentre outros itens.
Integrantes de entidades, como o CRM, além do Sindicato dos Médicos do Maranhão e Associação dos Médicos dos Socorrões (Amess), também estarão presentes. Em um primeiro momento, não será tratada sobre qualquer possibilidade de greve da categoria. De acordo com o CRM, a classe deverá tratar sobre como os médicos deverão se portar em seus ambientes de trabalho mesmo com a redução nos investimentos pelo poder público. A denúncia sobre os descontos na área de saúde – avaliados em R$ 2 milhões – foi feita inicialmente pelo CRM.
No início deste semana, o presidente do CRM, Abdon Murad, disse que o sistema de saúde em São Luís pode entrar em colapso com o corte de verbas. Ele denunciou a situação crítica em que se encontra a rede de saúde municipal, o que causa prejuízos para a população e para os profissionais da saúde, que ficam sobrecarregados por causa do aumento da demanda e falta de investimentos.
Em contrapartida, a direção da Semus afirmou que, apesar dos cortes, não haverá prejuízo no atendimento ambulatorial nas unidades mistas e centros de saúde municipais. Segundo o órgão, apenas os plantões noturnos e dos fins de semana sofrerão impacto com a retirada de profissionais médicos. A orientação para os descontos nos investimentos da saúde foi feita, de acordo com a secretária titular da Semus, Helena Duailibe, pela “equipe econômica da Prefeitura”. A secretaria municipal, por sua vez, não informou as causas dos cortes.
Insatisfação
Cientes dos descontos, profissionais de saúde promovem – desde a semana passada – manifestações em postos de saúde da cidade. Na sexta-feira,2, trabalhadores lotados na Unidade de Pronto Atendimento Frei Antônio Sinibaldi (Socorrinho II), no São Francisco, realizaram protesto na entrada da unidade contra mudanças nas escalas de plantão. De acordo com os profissionais, a medida seria para a contenção de gastos pelo Poder Executivo Municipal.
Recursos
De acordo com dados do Portal da Transparência, São Luís recebeu em 2017 – somente para atenção à saúde em procedimentos de média e alta complexidade – R$ 80.766.897,78 do Governo Federal. Outros R$ 12 milhões foram recebidos pelo município de São Luís somente para o apoio à manutenção das unidades de saúde.
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