Problemas na saúde

Município de São Luís fará cortes na área de saúde

De acordo com a Associação dos Médicos dos Socorrões, redução de investimentos deve chegar a R$ 2 milhões no setor

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38

SÃO LUÍS - O Município de São Luís deverá, nos próximos meses, reduzir os investimentos em até R$ 2 milhões na saúde, segundo a Associação dos Médicos dos Socorrões (Amess). De acordo com a entidade, será reduzida a capacidade da Prefeitura de São Luís em investir no setor como também em quitar compromissos básicos, como o pagamento de fornecedores de materiais e repasse dos salários dos funcionários

Ainda segundo a Amess, a redução no orçamento está em vigência desde o primeiro dia de junho deste ano. A justificativa para a queda no investimento estaria na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que deve ser seguida pelos orçamentos municipais.

Conforme a Amess, o orçamento da saúde extrapolou em mais de cinquenta por cento o teto permitido pela Lei de Responsabilidade [Fiscal], o que impossibilita não somente a aquisição de novos recursos, como obriga o poder público a reduzir gastos. Além dos cortes, a Prefeitura também deverá enxugar o quadro de médicos das unidades de saúde. De acordo com a Amess, a diminuição do número de profissionais, em alguns casos, chegaria a 50%. Ou seja, restaria apenas um médico para atender, nas unidades mistas, a todas as demandas dos pacientes.

A insatisfação com os cortes na saúde gerou uma série de protestos dos profissionais ao longo da semana. O último deles ocorreu em frente ao Hospital Socorrinho, no bairro São Francisco, em São Luís, na tarde de sexta-feira, 2. Médicos da unidade de saúde protestaram contra a falta de condições de trabalho.

Problemas
Além da ausência de insumos no dia-a-dia para procedimentos simples, os médicos também reclamam da alta demanda de pacientes recebida, em especial nos Socorrões I e II. De acordo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), pelo menos 60% dos pacientes oriundos dos Socorrões são do interior do estado.

Somada a falta de insumos, os pacientes seguem nos corredores dos hospitais de maior demanda da capital. Em outubro do ano passado, a Semus chegou a informar que a presença de pacientes nos corredores era um “problema pontual”. No entanto, pacientes reclamam diariamente da ausência de condições físicas de atendimento.

Procurada por O Estado, até o fechamento desta edição, a Semus não se pronunciou sobre os cortes.

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