Governo admite fragilidade no Complexo de Pedrinhas
Situação teria favorecido a ação criminosa do último fim de semana, que resultou na explosão do muro do antigo CDP e na fuga de 32 detentos; ontem, três fugitivos foram recapturados, mas 17 continuam soltos
SÃO LUÍS - A fragilidade na segurança no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, foi admitida pelo próprio Governo do Estado. No fim de semana, bandidos explodiram o muro de uma das unidades prisionais e vários detentos fugiram. Ontem, a polícia conseguiu recapturar mais três fugitivos.
De acordo com o governo, a fragilidade deve-se à estrutura das unidades prisionais, que são antigas e facilitam as fugas. O governo informou ainda que está tomando as providências para mudar essa realidade, diminuindo a superpopulação carcerária, por exemplo.
Recapturados
Ontem, três fugitivos do Complexo de Pedrinhas foram recapturados. Eles foram identificados como Alisson Pereira Lima, de 22 anos; Kássio Girdel Carvalho Ribeiro, de 33 anos, e Paulo de Caldas Santos.
Os dois primeiros foram localizados por policiais do Serviço de Inteligência do 21º Batalhão de Polícia Militar (21º BPM). De acordo com o tenente-coronel Jácio, que comanda a unidade, os criminosos estavam em uma casa nas proximidades de uma área de mangue na comunidade de Santa Helena, próximo ao bairro Quebra-Pote, zona rural de São Luís.
Ele explicou que os policias chegaram ao local depois de denúncias anônimas, informando que fugitivos de Pedrinhas estavam na região. No primeiro momento, chegou a informação de que seriam quatro, com um baleado. Contudo, quando os policiais chegaram ao local, encontraram apenas dois, que não reagiram à prisão.
Os dois foram encaminhados para a sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), no Bairro de Fátima, que está coordenado as investigações desse caso. Após serem interrogados, eles foram novamente encaminhados para Pedrinhas.
Alisson Pereira Lima foi preso em 7 de maio de 2014, na cidade de Imperatriz, por homicídio, e condenado a cumprir pena de 12 anos e um mês, inicialmente em regime fechado no Complexo de Pedrinhas.
Já Kássio Girdel Carvalho Ribeiro foi preso no dia 10 de julho de 2007 na cidade de Timon, por tráfico de drogas. Ele foi condenado pela Justiça a 28 anos e seis meses em regime fechado.
O terceiro fugitivo foi preso no fim da tarde de ontem, na cidade de Rosário, pela Polícia Militar.
A polícia segue à procura de outros 17 foragidos da unidade prisional. Entre estes estão sete assaltantes de bancos que já participaram de várias ações criminosas no interior do Maranhão e em outros estados. Eles seriam os alvos que os criminosos pretendiam resgatar com o ataque no fim de semana.
Fuga
Na noite de domingo, 21, um grupo criminoso trocou tiros com a polícia e conseguiu explodir o muro dos fundos da Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís 6 (UPSL 6), antigo Centro de Detenção Provisória (CDP). Essa ação criminosa resultou na fuga de 32 apenados do bloco Gama.
A possibilidade de envolvimento de funcionárias da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Seap) no caso também será investigada. A polícia já requisitou as imagens do circuito interno e externo da unidade prisional, que serão analisadas com o objetivo de identificar os envolvidos na explosão.l
Entenda
Presos que ainda estão foragidos
Renato Costa Sousa
Flávio Lima da Silva
Ludmaylon Costa Barros
Marcos Alex Serra Lisboa
Raimundo Bruno dos Santos Carvalho
Rone Peterson Silva
Vanderluz Gomes da Silva
Wellington Monteiro dos Santos Alves
Natanael Santos Aguiar
Ronath Correa Coelho
Valdemir Laurindo Flores
Werdson Dayvid da Silva Melo
Jhemisson Ferreira Santos
Ronaldo Mourão Teixeira
Claudio Kelson de Sousa Rodrigues
Edvandro Pereira Araújo
Pedro César Pereira Paz
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