SÃO LUÍS - O número de ocorrências de crimes contra crianças e adolescentes no Maranhão passa de 2 mil por ano, segundo dados da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Ontem, dia 18 de maio, foi comemorado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescente, e diversas organizações se uniram em prol da defesa dos direito do público infanto-juvenil.
Em São Luís, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA), em parceria com outras entidades, promoveu uma caminhada pelas ruas do centro da cidade para chamar a atenção da sociedade sobre a necessidade de denunciar os casos de violência sexual contra os jovens, a fim de punir os responsáveis pelo delito, evitando o registro de novas ocorrências.
Ato
Cerca de 200 pessoas participaram do ato público, que envolveu ainda ONGS, movimentos sociais e crianças das redes pública e privada de ensino da capital maranhense. Eles se concentraram em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite e, do local, saíram em caminhada pelas ruas do centro da cidade em direção ao Palácio de La Ravardière, sede do Executivo municipal. A intenção era entregar ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) um documento pedindo a implementação de políticas públicas para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes.
Os participantes do movimento utilizaram um carro de som, além de faixas e cartazes, passando a mensagem, para a população, da necessidade de um engajamento de todos contra a violência sexual envolvendo crianças e adolescentes. Nem mesmo a chuva que atingiu a capital maranhense na tarde de ontem foi suficiente para desarticular o movimento.
“Não podemos aceitar casos dessa natureza como normais e naturais. A sociedade precisa se mobilizar para denunciar a violência sexual contra crianças e adolescentes. Não podemos permitir que eles tenham os seus direitos violados”, disse Janicelma Fernandes, presidente do CMDCA.
O abuso sexual não envolve dinheiro ou gratificação e acontece quando uma criança ou adolescente é usado para estimulação ou satisfação sexual de um adulto, podendo ocorrer pela força, ameaça ou sedução, dentro ou fora do ambiente familiar.
Já a exploração sexual, por sua vez, pressupõe uma relação de mercantilização, em que o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes. Por vezes, crianças ou adolescentes são como objetos sexuais e mercadorias dos criminosos. Em casos de denúncia, Disque 100 ou procure o Conselho Tutelar mais próximo.l SAIBA MAIS
O 18 de maio foi escolhido como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescente porque nessa data, no ano de 1973, aconteceu um crime bárbaro na cidade de Vitória, em Espírito Santo que ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Uma menina de apenas oito anos de idade foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe media alta da cidade. O crime, apesar da natureza hedionda, até hoje continua impune.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.