Morte sob suspeita

Familiares de taxista morto cobram justiça

Parentes e amigos alegam que Kervy Sousa Cutrim não era criminoso e que foi feito de refém pelos assaltantes; eles fizeram um protesto cobrando a solução do caso

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Familiares de taxista fizeram um prosteto por justiça
Familiares de taxista fizeram um prosteto por justiça (Justiça)

SÃO LUÍS - Familiares do taxista Kervy Sousa Cutrim, de 26 anos, morto no fim do mês passado, em São Luís, durante uma perseguição policial, cobram Justiça para o caso. Eles alegam que a vítima não praticava assaltos e foi morto por um erro durante a ação policial que também resultou na morte de três assaltantes que estavam com ele no carro.

O caso, ocorrido no dia 28 de abril, ganhou uma ampla repercussão. As primeiras informações divulgadas sobre o episódio davam conta que o taxista Kervy Sousa e outras três pessoas utilizaram o táxi para fazer assaltos na região do Bairro de Fátima e proximidades.

Em um determinado momento, eles começaram a ser perseguidos por policiais que disparam contra o veículo. Kervy Sousa perdeu o controle do automóvel e capotou, já no bairro João Paulo. Em seguida, os policiais que estavam na perseguição fugiram e não foram identificados.

Outra versão sobre o episódio, porém, foi de que Kervy Sousa foi colocado dentro do porta-malas do táxi e os criminosos utilizaram o veículo para cometer os assaltos. Contudo, a família da vítima contesta todas essas versões.

Outra versão
De acordo a viúva do taxista, que preferiu não ter o seu nome revelado, a vítima não foi colocada dentro da mala e não estava cometendo assaltos. Ele teria sido vítima dos criminosos, que pegaram uma corrida com Kervy Sousa e apontaram um simulacro de arma de fogo para sua cabeça, coagindo-o a dirigir para praticar os assaltos. “Ele estava sendo ameaçado pelos assaltantes durante todo o tempo”, disse.

Ela também contestou a informação de que houve troca de tiros entre os policiais e os criminosos que estavam dentro do táxi com Kervy Sousa. Segundo ela, dentro do carro onde eles estavam não foi encontrada nenhuma arma de fogo, apenas um simulacro, ou seja, uma imitação de revólver ou pistola. “Várias pessoas viram desde a hora da perseguição até o momento do capotamento”, relatou, que disse que todas as informações foram repassadas a ela por testemunhas.

Na manhã de sexta-feira, dia 5, a viúva, na companhia de amigos, familiares e colegas de trabalho da vítima, estiveram na sede das Promotorias de Justiça, localizada no bairro do São Francisco, cobrando um posicionamento mais efetivo do Ministério Público (MP) para a elucidação do caso, que segue sendo investigado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), por meio da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).

SAIBA MAIS

As outras pessoas que estavam com o taxista durante a perseguição e que também morreram foram identificadas como Ramilson da Silva Araújo, de 29 anos; Flávio Marques mesquita, de 18 anos; e um adolescente de 16 anos, cuja identidade foi preservada. No relatório do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) da Secretaria de Segurança consta que os três e Kervy Sousa foram mortos durante um confronto com a polícia às 21h no bairro do Apeadouro, na capital maranhense.

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