Movimentação fraca

Vacina contra gripe ainda tem baixa procura em postos

Meta da campanha, iniciada no dia 17, é imunizar 80% do público-alvo, que este ano, além de idosos, crianças de até 4 anos, gestantes e doentes crônicos, incluiu professores em atividade

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Criança é imunizada  contra o vírus da gripe em posto de São Luís
Criança é imunizada contra o vírus da gripe em posto de São Luís (vacinação)

SÃO LUÍS - Desde o dia 17 deste mês a Prefeitura de São Luís iniciou a campanha de vacinação contra a gripe. Entretanto, por causa da baixa procura na primeira semana a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) está alertando o público-alvo da campanha sobre a necessidade da imunização. A secretaria não divulgou dados, mas confirmou que números parciais mostram que na primeira semana a procura pela imunização nos postos da capital foi aquém da esperada. A vacinação segue até 26 de maio, mas quanto mais cedo o paciente se imunizar, melhor.

A meta da campanha é vacinar 80% do público-alvo, que este ano inclui professores de escolas públicas e privadas que estejam em atividade, além de pessoas a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a 4 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), profissionais de saúde, indígenas, portadores de doenças crônicas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. Portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que incluem pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar.

Doentes crônicos com recomendação médica, como pessoas com problemas respiratórios, cardíacos, com baixa imunidade, entre outros, também devem se vacinar. No caso de doentes crônicos, é preciso consultar um médico para que ele avalie se o paciente pode ser vacinado e lhe dê um laudo que deve ser apresentado no posto de vacinação.
Crianças a partir de seis meses que nunca foram imunizadas contra a influenza devem receber duas doses da vacina, sendo a segunda aplicada 30 dias após a primeira. Já as vacinadas ano passado recebem apenas uma dose este ano.

Baixa procura
Em 2016, somente no Dia de Vacinação mais de 80 mil pessoas foram imunizadas. Este ano, a procura nos postos de saúde ainda está pequena. De acordo com a Semus, a tendência é a demanda crescer gradativamente, mas a secretaria recomenda que a população procure logo os postos para evitar filas no final da campanha. A vacina está disponível em 62 unidades de saúde da rede municipal.

É o caso do posto de saúde da Liberdade, onde Fernanda de Oliveira levou a filha para tomar a dose da vacina. “Este é o segundo ano em que ela vem se vacinar. Cuido da prevenção porque em crianças a gripe é sempre mais preocupante. Então, faço o que posso para ela não adoecer”, disse a mãe da criança, de dois anos.

Dia D
No dia 13 de maio, um sábado, a Semus fará uma programação especial. Será o dia D de vacinação. Na semana passada, a secretaria montou um posto em sua sede especialmente para imunizar os trabalhadores da área da saúde, que foram incluídos pelo Ministério da Saúde entre os grupos prioritários da campanha. O objetivo é deixar esses profissionais imunizados para que tenham condições de atender à população.

Para se imunizar, é indispensável levar o cartão de vacinação. Se o paciente não tiver, ele pode ser feito na unidade de saúde. Pessoas com mais de 60 anos devem apresentar o RG e aqueles com doença crônica ou autoimune devem levar o relatório médico comprovando a patologia. Para os professores, é exigida a comprovação da atividade profissional.

A vacinação tem sido a estratégia utilizada no Brasil para evitar as internações e complicações, inclusive óbitos, causadas pela gripe nos grupo mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Estudos científicos comprovam que a vacinação contribui para a redução de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

A vacina protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B. A Semus destaca que a vacina é segura e não apresenta reações. Apenas aqueles que têm alergia a ovo ou com quadro febril não devem ser vacinados. Caso contrário, todos do grupo prioritário devem se imunizar o quanto antes.

SAIBA MAIS

O que é a gripe H1N1?
É uma gripe do tipo A causada pelo vírus H1N1, que circula entre humanos. Ele foi detectado no México, em abril de 2009, e se disseminou rapidamente, causando uma pandemia mundial chamada, na época, de gripe suína.
Como ela é contraída?
Quando se inala secreções do doente ao falar, espirrar ou tossir e quando há contato com superfícies infectadas, como maçanetas ou talheres.
Quais são os sintomas?
Os mesmos da gripe normal, porém mais fortes: febre alta, tosse, dor muscular, dor de cabeça e de garganta, coriza e irritação nos olhos e ouvidos. Também pode provocar falta de ar e dor no tórax.
Como se prevenir?
A vacinação é a melhor maneira para a prevenção, mesmo não sendo 100% eficaz. Além disso, evite levar a mão aos olhos, ao nariz e à boca, lave sempre as mãos com sabão ou álcool e cubra a boca quando for tossir ou espirrar.
Como funciona o tratamento?
O doente deve repousar, beber muito líquido e evitar álcool e cigarro. Medicamentos como o paracetamol (Tylenol) podem ser usados para combater febre e dores. Em casos graves ou grupos de risco (idosos, crianças, grávidas, asmáticos, entre outros), pode ser recomendado antiviral, como o oseltamivir (Tamiflu), vendido com receita médica.
Qual é a diferença entre o H1N1 e os outros vírus da gripe?
O H1N1 tem mais chances de causar complicações como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em pessoas de maior risco.

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