Semana Santa

Grande público prestigia última noite da Via Sacra

Ruas do Anjo da Guarda reservadas para o espetáculo do grupo Grita ficaram tomadas de pessoas que se deslocaram até o bairro para assistir ao espetáculo

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39

[e-s001]SÃO LUÍS - Altas doses de emoção marcaram a segunda noite de apresentação do espetáculo Via Sacra, no bairro Anjo da Guarda. Uma multidão dirigiu-se ao logradouro para assistir aos atos da mais bela história da humanidade, encenada pelo grupo Grita, especializado em teatro amador. Como na noite de estreia, a encenação teve início por volta das 19h, com cenas envolvendo diferentes trechos do bairro, que ficaram interditados especialmente para o espetáculo. A Polícia Militar garantiu a segurança do início ao término.

De acordo com o diretor geral, Edir Ramalho, a segunda noite é sempre mais tranquila para 700 atores do elenco, uma vez que na estreia o nervosismo toma conta da maioria. “Ocorreu tudo bem e mais uma vez cumprimos nossa missão, que é contar essa linda história para toda a população de maneira teatralizada. O público nos aplaudiu e estamos satisfeitos com os resultados e as inovações deste ano, que deram um incremento ao projeto”, alegrou-se Ramalho, referindo-se, por exemplo, às caixeiras do Divino Espírito Santo, que acompanharam Jesus antes da crucificação.

Reflexão
Para o ator Jorge Smith, de 43 anos, que vive o personagem principal, Jesus Cristo, cinco horas de encenação com altas doses de emoção são apenas facetas desse grandioso projeto, cuja missão, além de relembrar os últimos passos de Jesus de Nazaré na terra, é suscitar uma reflexão sobre os problemas sociais da atualidade. Smith revelou que horas antes de entrar em cena precisou concentrar-se para assumir outra identidade, tarefa nada fácil, pois que a ele foi confiado o desafio de interpretar um homem sofredor, mas inabalável diante de todas as provações.

[e-s001] “Eu precisei me concentrar bastante antes de entrar em cena, pois é muito difícil encarar um público formado por milhares de pessoas e todas com os olhos voltados para você. É preciso muito equilíbrio emocional diante de pessoas diferentes e com as mais diversas reações”, destacou Jorge Smith, que percorreu cerca de dois quilômetros para cumprir todo o roteiro do espetáculo.

Na edição deste ano, em duas noites, o espetáculo trabalhou o tema “Quebra as correntes e desbrava-te”, título baseado e contextualizado por meio do “Mito da Caverna”, do filósofo grego Platão. Encenado ao ar livre, a peça teve montagem em cinco pontos distribuídos em percurso de dois quilômetros nas ruas do Anjo da Guarda.

[e-s001]No primeiro ato da peça, os atores mostraram a história da vida do Cristo menino, na carpintaria. Em seguida, vieram os atos “Números circenses”, “Jesus no templo”, “Cura do homem possuído” (Largo do Teatro Itapicuraíba), “Lava-Pés”, “Santa Ceia”, “Conspiração”, “Horta das Oliveiras”, “Condenação do Sinédrio”, “Palácio de Pilatos” “Praça do Anjo”, “Via Crucis, “Meninos excluídos”, “Verônica”, “Avenida Odylo Costa Filho” e “Corredor da reflexão” (Rua Palestina). Em seguida, “Encontro com Maria”, “Crucificação”, “Pietá”, “Enforcamento de Judas”, “Anunciação” e “Ressurreição”, na Praça da Ressurreição, que marcou o ponto alto do espetáculo.

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