Por aumento

Garis iniciam paralisação em São Luís por reajuste salarial

Categoria pede 15% de aumento, mas empresa oferece 7% e outros benefícios, como ticket alimentação; empresa diz que serviço não será comprometido

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Grupo de agentes de limpeza se reuniu para reivindicar aumento de salário e outros benefícios para a categoria
Grupo de agentes de limpeza se reuniu para reivindicar aumento de salário e outros benefícios para a categoria (greve garis)

SÃO LUÍS - Os agentes de limpeza de São Luís iniciaram greve na manhã de ontem para pressionar empresa que presta o serviço de limpeza urbana na capital, a negociar o aumento salarial. Desde janeiro deste ano a categoria estaria tentando dialogar, sem sucesso. Os trabalhadores reivindicam aumento de 15%. Com a greve, o serviço de limpeza, segundo assessoria da empresa, vai ser feito por pessoal a ser contratado ainda hoje (12) para suprir a necessidade.

De acordo com Honésio Máximo, presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública, Edifícios, Condomínios residenciais, Mistos e Lavandeiras do Maranhão (Seeac), a proposta de reajuste foi rejeitada pela classe.

“A empresa propôs reajuste de 7%. Levamos esta proposta para assembleia e ela foi rejeitada. Por isso, começamos esta greve que só será encerrada quando a empresa fizer uma proposta próxima do que pretendemos, que é reajuste salarial de 15%”, informou o presidente do sindicato.

Além do aumento de salário, os trabalhadores reivindicam ticket alimentação de R$ 600,00 e outros benefícios.

Outras greves
Esta não é a primeira greve da categoria em São Luís. Em dezembro de 2015, os garis também fizeram greve. Naquele ano, os serviços ficaram suspensos por cerca de 48 horas, o suficiente para acumular lixo em diversos pontos da cidade. Os garis paralisaram as atividades como forma de reivindicação, pois eles ainda não haviam recebido o salário do mês de novembro e também a parcela do 13º salário. Além do atraso no pagamento dos salários, os agentes de limpeza ainda têm de lidar com a falta de segurança no exercício de suas funções. Foram registrados vários casos em que eles foram assaltados por criminosos.

Em 2014, os garis de São Luís também paralisaram as atividades por três dias e o lixo se acumulou em diversos bairros da cidade. Na ocasião, a categoria reivindicava reajuste salarial de 23% e acréscimo de R$ 160,00 no ticket alimentação. No fim do manifesto, os trabalhadores obtiveram reajuste de 6,5% nos salários e aumento de R$ 75,00 no ticket.

Em contato com O Estado, a assessoria da empresa de limpeza pública informou que está aberta à negociação e que o presidente do Sindicato alterou o índice de reajuste, já acordado em reuniões anteriores de 7% para 15%, dificultando as negociações. Reafirmou também que o serviço de limpeza não será comprometido.

O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís para saber do posicionamento sobre a greve dos agentes de limpeza e o que pode ser feito para regularizar a situação, mas até o fechamento desta página nenhuma resposta foi obtida.

NÚMERO

800 trabalhadores atuam na limpeza urbana de São Luís

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