SÃO LUÍS - O presidente do Elo Maranhense da Rede Sustentabilidade, ex-juiz Márlon Reis, revelou ontem, que pode ser mais um nome na disputa pelo Governo do Estado em 2018.
Ao editor de política de O Estado, Marco D’Eça, o ex-magistrado que se notabilizou como um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa destacou que não descarta uma candidatura ao Executivo, embora admita, também, a possibilidade de uma candidatura ao Senado.
“Minha candidatura, ao governo ou ao Senado, será ao cargo que mais for útil ao partido. Nada está descartado”, disse.
O assunto veio à tona no cenário político local no momento em que o comando maranhense Rede começa a se articular para se posicionar sobre a sucessão eleitoral de daqui a um ano e meio.
Ainda ontem, esteve em São Luís a ex-senadora e ex-vereadora de Maceió (AL) Heloísa Helena. Na capital maranhense ela teve como missão comandar um encontro com o Elo local do partido na primeira de muitas reunião para a definição do posicionamento da legenda no processo eleitoral de 2018.
Aproximação – A declaração de Reis dando conta de que ele pode ser candidato a governador – ou, ainda, a senador – vai de encontro a uma tendência que vem sendo observada nos bastidores da sigla desde o fim das eleições municipais de 2016.
Nos últimos meses, quem ganhou em influência no Rede foi o prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra, que é do PCdoB. No Maranhão, tem cabido a ele tentar articular uma aproximação do partido de Marina Silva com o governador Flávio Dino (PCdoB). Essa articulação visaria a uma composição pelo apoio à reeleição do comunista.
A se confirmar, no entanto, a intenção de o Rede lançar candidaturas majoritárias, a aproximação estaria prejudicada, pelo menos no primeiro momento.
Márlon Reis disse que não lhe interessava cargo público
A confirmação de que Márlon Reis agora admite ser candidato a senador ou a governador do Maranhão é uma espécie de desmentido das próprias palavras do ex-juiz.
Em abril do ano passado, a anunciar que estava deixando a toga para virar advogado do Rede Sustentabilidade, imediatamente começaram a surgir especulações apontando para esse caminho. Reis, no entanto, tratou de negar.
Em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, ele disse não ter interesse por disputar um cargo público. Susrtentava na época que iria apenas se fixar em Brasília para “acompanhar prioritariamente causas eleitorais perante os Tribunais Superiores”.
“Estarei disponível para defender profissionalmente em juízo todas as causas em que eu acredite e que não contrariem a minha biografia, sem preconceito quanto a partidos. Aprendi que em todos os lugares há bons políticos. E que são esses os que normalmente mais precisam de apoio por sofrerem perseguições das mais diversas origens, às vezes partidas de seus correligionários”, declarou, então.
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