Novo formato

Fifa confirma Copa do Mundo com 48 seleções no ano 2026

Presidente da entidade, Gianni Infantino, explica os motivos de mais 16 equipes no campeonato: “Futebol é mais que Europa e América do Sul”

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Infantino diz que intenção da Fifa com novo formato é expandir e desenvolver o futebol pelo mundo (Foto: Michael Buholzer/AFP)
Infantino diz que intenção da Fifa com novo formato é expandir e desenvolver o futebol pelo mundo (Foto: Michael Buholzer/AFP) (Fifa)

ZURIQUE - O aumento de 32 para 48 seleções a partir da Copa do Mundo de 2026 irá consolidar o futebol nos países periféricos, onde a modalidade não é tão tradicional, segundo o presidente da Fifa Gianni Infantino. Em coletiva concedida horas depois do anúncio oficial da entidade confirmando a mudança, o mandatário defendeu o novo formato, que o fez vencer o xeque do Bahrein Salman bin Ebrahim al-Khalifa, seu principal rival na eleição de fevereiro do ano passado.

“O novo formato traz mais associações para participar da maior celebração do futebol. Temos que moldar o futebol, vendo que ele é mais do que a Europa e a América do Sul. O futebol é global. A febre do futebol em grandes partes do mundo, que hoje não têm chances, é algo que estava no topo de nossas ideias”, afirmou Infantino, que também prevê um alívio no calendário.

“Primeiro coloquei a expansão da Copa no meu manifesto, com 40 equipes em oito grupos de cinco, sendo oito jogos para o time que conquista a Copa, mas chegamos a um formado melhor, porque ele reduz o número de jogos se comparado ao inicial”, acrescentou.

16 grupos

A partir de 2026, 48 seleções serão divididas em 16 grupos de três equipes, sendo que as duas melhores colocadas avançarão para a disputa do mata-mata. A cobrança de pênaltis definirá os classificados nas três primeiras etapas eliminatórias. As prorrogações só serão jogadas nas semifinais e final. O tempo de disputa da Copa do Mundo continuará sendo de 32 dias.

A expectativa é que os continentes africano e asiático sejam os maiores beneficiados com o inchaço da Copa. “Temos de ter um equilíbrio na questão esportiva. A África, por exemplo, tem 54 representantes e apenas cinco vagas. São questões que precisam ser revistas. É uma questão matemática, não apenas uma opinião, são fatos”, argumentou o suíço.

Falta definição

O presidente da Fifa afirmou que ainda não há uma definição de como serão repartidas as novas vagas nas eliminatórias pelo mundo. A prioridade da entidade neste momento é avaliar as candidaturas para receber o torneio antes de anunciar a sede do Mundial de 2026 em maio deste ano. Os favoritos na disputa são os Estados Unidos, que poderão anunciar uma candidatura conjunta com México e Canadá.

“Não é necessário tomar essa decisão agora. Vamos esperar esses quatro meses e pensar no processo de candidatura. É importante definir como será a logística e quantos estádios serão necessários para progredirmos”, concluiu.

Presença

A reunião do Conselho Fifa realizada na manhã de ontem em Zurique, contou com a presença marcante do maranhense, o engenheiro Fernando Sarney, vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e membro integrante do Conselho Fifa. O maranhense representou a CBF e a Conmebol.

Fora da reunião, Fernando Sarney acompanhou a cerimônia de Bola de Ouro, que na segunda-feira, elegeu os melhores do futebol mundial na temporada 2016, com destaque para Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, o melhor jogador de futebol da atualidade que levou o prêmio pela quarta vez na carreira. E participou do jogo da Fifa com destacada atuação e um gol da vitória do seu time por 3 x 2 sobre o time de Maradona.

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