Educação

Reforma do ensino médio deverá ser o primeiro projeto votado pelo Senado

Projeto prevê diminuir conteúdo obrigatório e criar áreas de concentração para que o estudante possa optar; em um dos programas da MP está previsto apoiar a criação de novas 257.400 vagas no ensino médio integral em até 572 escolas públicas até 2018

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Reforma do Ensino Médio já entrou em vigor mas, na prática, não há efeitos
Reforma do Ensino Médio já entrou em vigor mas, na prática, não há efeitos ( Reforma do Ensino Médio já entrou em vigor mas, na prática, não há efeitos)

Brasília - A reforma do ensino médio deve ser o primeiro projeto votado pelo Senado no retorno das atividades no dia 2 de fevereiro, segundo nota publicada no site da Agência Senado.

O projeto é alvo de críticas de especialistas e recebeu mais de 500 emendas. Estudantes de todo o país ocuparam instituições de ensino em protesto às mudanças.

A proposta da reforma foi apresentada pelo Governo Federal no dia 22 de setembro. Por ser uma medida provisória, ela passa a entrar em vigor imediatamente após a sua edição pelo Executivo. Mas, para virar lei em definitivo, precisa ser analisada em uma comissão especial do Congresso e depois aprovada pela Câmara e pelo Senado em até 120 dias para não perder a validade. O prazo vence no dia 2 de março.

Um dos programas da MP prevê apoiar a criação de novas 257.400 vagas no ensino médio integral em até 572 escolas públicas brasileiras até 2018. Atualmente, o país já tem 384.635 estudantes cursando o ensino médio regular em tempo integral, o que representa 5,6% do total de matrículas. No dia 23 de dezembro, o MEC divulgou uma lista de 523 escolas que aderiram ao programa. O total de vagas a serem contempladas em 2017 é de 148.061.

Polêmica

Um dos pontos mais polêmicos propostos pelo governo é que o conteúdo obrigatório será diminuído para privilegiar cinco áreas de concentração: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.

O objetivo do governo federal é incentivar que as redes de ensino ofereçam ao aluno a chance de dar ênfase em alguma dessas cinco áreas. Já entre os conteúdos que deixam de ser obrigatórios nesta fase de ensino estão artes, educação física, filosofia e sociologia. Entretanto, o conteúdo dessas disciplinas não será propriamente eliminado, mas o que será ensinado de cada uma delas dependerá do que estiver dentro do conteúdo obrigatório previsto na futura Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

O segundo destaque da reforma será o aumento da carga horária. Ela deve ser ampliada progressivamente até atingir 1,4 mil horas anuais. Atualmente, o total é de 800, de acordo com o MEC. Com a medida, a intenção do Ministério da Educação é incentivar o ensino em tempo integral, e para isso prevê programa específico com R$ 1,5 bilhão para incentivar que escolas adotem o ensino em tempo integral.

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