Com a licitação do Sistema de Transporte Coletivo de São Luís, a administração dos cinco terminais de integração da capital passou a ser de responsabilidade de cada consórcio ou empresa responsável pelas linhas da região a que eles atendem, segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET). Com a nova gestão, os terminais começam a passar por mudanças que devem ser intensificar ao longo do ano de 2017 com o objetivo de melhorar o serviço prestado ao usuário. Primeiras mudanças já agradam a quem diariamente utiliza os terminais.

Uma das principais reclamações dos usuários do Terminal de Integração da Praia Grande, que se estende a todos os outros terminais, era o fato de que os coletivos chegaram às suas paradas e os passageiros que vinham no ônibus desembarcavam ao mesmo tempo em que os que esperavam no terminal embarcavam. Em alguns momentos, os motoristas paravam distante do local de embarque para que o desembarque fosse feito sem atropelos, mas muitos usuários furavam a fila, entrando fora do ponto do coletivo que já chegava cheio ao seu local de parada.

Para resolver este problema, o Consórcio Central, que agora administra o terminal, colocou fiscais. Agora, quando o coletivo chega ao terminal e entra na sua baia, antes de ir para o seu ponto, eles são parados pelos fiscais, que fazem o desembarque dos passageiros, impedindo a entrada de “furões” para garantir que o coletivo chegue ao seu local de embarque com todos os assentos disponíveis para quem está na fila aguardando.

Os ficais, além de fazerem o desembarque e embarque de passageiros, prestam informações aos usuários. Para facilitar a identificação, eles usam coletes nas cores verde. “Eu até estranhei quando cheguei ao terminal e vi os fiscais pela primeira vez. Eu lembro que antigamente eles ficavam aqui, mas há muito tempo tinham deixado de trabalhar. O trabalho deles é bom porque muitas vezes a gente que está na fila esperando um ônibus por meia-hora tem de ir à pé porque um espertinho entrou fora da parada”, comentou o empacotador Carlos André Costa.

Segundo o SET, outras mudanças o Terminal de Integração da Praia Grande já passa também por reforma nos banheiros, que devem está com a nova estrutura concluída até o fim de janeiro. Além de novos equipamentos e instalações, funcionários serão colocados no local para garantir a limpeza e coibir atos de vandalismo. Lanchonetes serão padronizadas e instaladas em uma área específica do terminal e serviços como casa lotérica também devem ser instalados.

As mudanças acontecerão gradativamente ao longo de 2017. Por ser o maior terminal, que recebe o maior fluxo de passageiros e de linhas de ônibus, o da Praia Grande está sendo o primeiro a ser reformulado. Outro terminal que já passa por melhorias é o Cohama/Vinhais, administrado pela Viação Primor. Lá, novos funcionários para a limpeza já foram contratados e os banheiros também terão suas instalações requalificadas.

Em seguida, o Terminal da Integração Cohab/Cohatrac, cuja administração é de responsabilidade do Consórcio Via SL, receberá as mesmas melhorias. O Terminal de Integração Distrito Industrial, menor dos cinco que fazem parte do Sistema de Transporte Coletivo de São Luís, também é administrado pelo Consórcio Central, que também implantará um novo projeto de atendimento ao longo de 2017. No Terminal de Integração São Cristóvão, a responsabilidade é do Consórcio Upaon-Açu.

SAIBA MAIS

Desde o início de setembro, os cinco terminais de integração de transporte de São Luís estão sob administração das empresas e consórcios que venceram a licitação do transporte público na capital maranhense. Segundo o edital, além de administrar os espaços, as empresas poderão também outorgar contratos de concessão de uso para exploração comercial e/ou visual de propaganda em locais próprios. Os cinco terminais foram distribuídos de acordo com os lotes vencidos durante a licitação e cada empresa ou consórcio vencedor terá de realizar a gestão e manutenção dos locais pelo período da concessão, que é de 20 anos. Os concessionários agora têm a responsabilidade de fornecer de mão de obra e insumos necessários à operação e segurança, manutenção, conservação, limpeza e reformas prediais que assegurem o pleno funcionamento dos terminais de integração. Como obrigações, serão de responsabilidade dos concessionários fiscalizar, controlar e disciplinar a operação das linhas integradas nas áreas dos terminais, executar o serviço de limpeza, conservação, manutenção,segurança patrimonial e reforma e também implantar e manter a sinalização dos espaços, tudo com vias de garantir a regularidade do atendimento, a segurança e o conforto dos usuários. À Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), cabe apenas a responsabilidade no que diz respeito aos serviços de transporte.

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