Especial Segurança

Medo da violência em São Luís muda hábitos da população

Escolhas se tornaram mais rigorosas quando o quesito é segurança; videomonitoramento, mudança para condomínios, compras por meio de delivery, entre outros, tem sido opção para quem teme assaltos na capital

Jock Dean / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43
Guarita, sistema de monitoramento e cerca elétrica protegem residência
Guarita, sistema de monitoramento e cerca elétrica protegem residência (Segurança)

Foi-se o tempo em que bastavam a velha cerca de arame farpado e um cão de guarda para proteger as casas e fazer seus moradores sentirem-se seguros. Com o crescimento dos índices de violência cada vez mais pessoas buscam meios mais eficazes de se protegerem de criminosos. Este ano, de janeiro a 18 deste mês, ocorreram 632 homicídios dolosos na Ilha de São Luís, segundo o 10ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Números que assustam a população que cada vez mais procura formas de se defender.

Os olhos e latidos dos cães de guarda estão sendo substituídos por câmeras de videomonitoramento e sistemas de alarme. As cercas de arame farpado deram lugar a muros cada vez mais altos e com cercas elétricas. Tudo isso, porque está perigoso sair sozinho.
Não se pode mais tirar dinheiro do banco e carregá-lo na carteira. Não se pode mais deixar o carro estacionado em local aberto sem alarme. Não se pode mais permitir que as crianças brinquem na rua sem medo de que algo aconteça. O medo da violência é uma realidade que tem mudado vidas.

Escolhas
Além de transformar as residências em verdadeiras fortalezas, o ludovicense está cada vez mais preocupado com a escolha do local onde vai morar. Se morar em um condomínio fechado já foi sinônimo de status, hoje existe outros fatores que levaram muitas pessoas optar por este tipo de residência. O principal item apontado por quem mora nesses empreendimentos é a segurança.

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Além dos seguranças, os novos empreendimentos imobiliários lançados em São Luís dispõem de câmeras de videomonitoramento e para entrar no condomínio o visitante precisa se identificar na portaria, informar o número do apartamento e da torre para a qual vai e sua entrada só é liberada após autorização do morador. Se o morador não quiser receber a pessoa em seu apartamento, há condomínios que têm salas reservadas para um bate-papo rápido.

Comodidade
A mudança de hábito chegou também ao empresariado. O serviço de delivery (entrega a domicílio) é uma comodidade que muita gente não abre mão, sobretudo no fim de semana, mas dependendo da localidade de onde é feito o pedido o cliente terá que buscá-lo pessoalmente. É que estabelecimentos que oferecem esse serviço na capital maranhense estão delimitando bairros para o serviço, por questões de segurança.

A “precaução” é essencial, especialmente nos fins de semana e no período noturno.
Apesar da segurança proporcionada por tais equipamentos, Valdna Silva, gerente da SegTec Distribuidora, que vende equipamentos de segurança para empresas que fazem a instalação destes aparelhos, alerta que algumas medidas simples devem ser levadas em conta.

“Trancar bem as janelas e portas, não abrir a porta para serviços que não foram solicitados, ficar atento ao entrar e sair de casa e em casos de movimento de pessoas suspeitas próximas à residência ligar para a Polícia”, frisa a Valdna Silva.

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