Especial Segurança

Busca por equipamentos de segurança cresce na capital

Demanda tem aumentado cada vez mais e ajudado o mercado a faturar mesmo em tempos de crise econômica, pois a preocupação com segurança ainda é uma das prioridades da população

Jock Dean / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

A sensação de insegurança é cada vez mais crescente em todo o país, o medo de assaltos em residências ou estabelecimentos faz com que a população busque meios para tentar se proteger. Em São Luís, não é diferente e uma das alternativas procuradas é a aquisição de equipamentos de segurança. Demanda que tem crescido cada vez mais e ajudado o mercado a faturar mesmo em tempos de crise econômica.

Mesmo com a economia passando por problemas a preocupação com segurança ainda é uma das prioridades da população. “Somente neste período de fim de ano nosso faturamento aumentou 55%”, informa Darvinson Santana, coordenador de segurança da Manacial Segurança Privada, uma das dezenas de empresas do setor na capital.

A empresa é uma das dezenas que prestam serviços de segurança armada, instalação de cercas elétricas, sistemas de alarme e monitoramento por câmeras. “Hoje, São Luís tem diversas empresas que prestam este serviço. É um mercado muito aquecido, justamente por causa da sensação de insegurança que as pessoas têm experimentado nos últimos tempos”, afirma José Felypp, supervisor de segurança da empresa.

Demanda crescente
Ainda segundo Darvinson Santana, a demanda pelos serviços de segurança privada e eletrônica é crescente. “À medida que a violência tem aumentado, as pessoas têm procurado mais este serviço. Entretanto, percebemos que a procura, muitas vezes, é uma resposta. A pessoa passou por uma situação de violência, teve a casa assaltada, e após isso nos procura. Em São Luís ainda não temos a cultura da prevenção”, comenta.

Existem dois tipos de serviços que podem ser contratados nesses casos: o de segurança privada e o de segurança eletrônica. “A segurança privada é a armada, feita por vigilantes. A segurança eletrônica é a feita com circuito fechado de televisão, cercas elétricas, sistemas de monitoramento de alarme. Hoje, trabalhamos com um projeto de segurança que engloba os dois, mas no geral, é a segurança privada que alavanca a eletrônica”, explica Darvinson Santana.

No caso da segurança eletrônica os serviços mais contratados são a instalação de Circuito Fechado de Televisão (CFTV), sistema de monitoramento de alarme e cercas elétricas. “Quando o cliente nos procura ele avalia a relação custo-benefício. Nesse caso, a segurança eletrônica tem um custo menor que a privada. No caso das cercas elétricas, esse serviço é contratado, principalmente, para o cliente residencial”, informa José Felypp.

Serviço caro
Mas não é todo mundo que pode investir na contratação desses serviços. Valdna Silva, gerente da SegTec Distribuidora, que vende equipamentos de segurança eletrônica para empresas do setor, de acordo com o tipo de tecnologia utilizada e a qualidade dos equipamentos os preços podem até duplicar. “É o caso do portão eletrônico, por exemplo. Atualmente, no mercado, temos dois tipos de motores. Um deles fecha um portão de três metros em seis segundos o outro em 12 segundos e o mais lento pode custa menos da metade do valor do mais rápido”, afirma.

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Já a instalação de um CFTV pode chegar a R$ 5 mil. “Hoje, temos as tecnologias HD, Full HD e a analógica. Dependendo da que o cliente escolhe o preço varia. Geralmente, o cliente instala um sistema com quatro câmeras que pode ser monitorado por ele mesmo, via celular, sendo assim, em qualquer local que ele esteja ele pode monitorar sua casa. Algumas empresas oferecem o serviço de monitoramento também. Se o monitoramento será feito pela empresa ou pelo cliente, isso também vai influenciar no valor final”, conta Valdna Silva. Quando o monitoramento é feito pela empresa de segurança contratada, além dos custos da instalação, o cliente paga um valor mensal pelo serviço.

No caso da segurança privada, o serviço pode custar de R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês. “Este valor refere-se a um posto de quatro vigilantes que se revezam a cada 24 horas. É um serviço que tem um custo considerável porque tem o treinamento do vigilante, a munição, armamento, fardamento, além de uma legislação que precisamos seguir. Aqui em São Luís ainda não temos uma demanda muito grande com relação a segurança pessoal. A procura maior é pela patrimonial”, informa Santana.

SAIBA MAIS

Imóveis monitorados
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que há aproximadamente 420 mil imóveis no país monitorados por sistemas eletrônicos de alarmes, o que corresponde a 7% de um total de seis milhões de imóveis com possibilidade de receberem sistemas de alarmes monitorados.
Crescimento do mercado
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), o mercado de segurança eletrônica cresceu, em média, 12,75% nos últimos oito anos. Somente no ano passado, a índice foi de 14%. O faturamento do setor bateu em US$ 1,02 bilhão.

COMO FUNCIONAM:

Circuito Fechado de Televisão (CFTV)
O sistema do circuito interno é na sua versão mais simples constituido por câmera, meio de transmissão e monitor. Inicialmente sendo um sistema analógico, o CFTV transmitia as imagens das câmeras por meio de cabo coaxial para monitores analógicos. A transmissão era e é destinada a algumas pessoas, por se tratar de um sistema fechado. O fato de ser um sistema fechado e a captura e transmissão das imagens ser de acordo com os conceitos e formatos da televisão analógica conduziu
à sigla CFTV.
Cerca elétrica
A cerca elétrica tem duas funções primordiais, a primeira é afugentar o invasor, aplicando uma tensão de aproximadamente 10 mil volts de forma pulsante, com 60 pulsos por segundo. Para que o criminoso seja afugentado e não fique grudado na cerca, a corrente elétrica é baixa, por isso não é mortal, mas pode causar uma queimadura no local. Para que a pessoa receba um choque é necessário ter um caminho para a corrente elétrica, se uma pessoa toca em uma fase de baixa tensão devidamente isolada nada ocorrerá, mas como na cerca elétrica a tensão é alta, a isolação dos sapatos não é suficiente, ocasionando corrente elétrica em direção a terra e sentida pelo criminoso. Outra forma é a proteção conta falta de energia, se alguém tentar cortar os fios, um alarme é disparado, da mesma forma acontece quando uma descarga elétrica é disparada contra alguém que encostou nos fios. Para que, cortando a energia na casa, a cerca não pare de funcionar, ela é alimentada por uma bateria.

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