Disciplinamento

Após denúncia, camelôs do Centro serão recadastrados

Medida foi motivada por denúncia feita pela TV Mirante de que lojistas estariam alugando espaços em frente a lojas na Rua Grande e adjacências

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43
Rua Grande: concentração de vendedores ambulantes em calçadas e na via dificulta a passagem de pessoas
Rua Grande: concentração de vendedores ambulantes em calçadas e na via dificulta a passagem de pessoas (Camelôs na Rua Grande)

Os vendedores ambulantes da Praça Deodoro, Rua Grande e adjacências serão recadastrados. A ação deverá ser realizada, no início de dezembro, pela Prefeitura de São Luís, por meio da Blitz Urbana, após denúncia feita pela TV Mirante na edição do JMTV 1ª edição de segunda-feira,21, de que lojistas estariam alugando espaços em frente às lojas para uso comercial na região central da cidade.
Segundo a direção da Blitz Urbana, além do recadastramento dos vendedores será feita a operação Papai Noel para a retirada dos camelôs que estejam usando espaços públicos de forma indevida. O foco dos trabalhos será no principal centro comercial da capital maranhense onde se concentra o maior número de vendedores. “Esses vendedores deveriam estar nas transversais, no entanto, ocupam o espaço de forma indevida”, disse o diretor da Blitz Urbana, Antônio Duarte.
O Estado esteve na tarde de terça-feira, 22, na Rua Grande e flagrou barracas montadas e atrapalhando a passagem dos pedestres. De acordo com funcionários de lojas, o número de bancas no centro comercial aumentou de forma considerável. “No começo do ano, não tinha esta quantidade de barracas, não”, disse o comerciante Sandro Melo, funcionário de uma loja de calçados.
Por outro lado, os vendedores ambulantes se defendem e dizem que não há outro espaço para comercializarem seus produtos. “Vendo aqui meus utensílios há mais de cinco anos e nunca ninguém me disse que eu deveria sair daqui”, disse a vendedora Gorete Rodrigues.

Aumento
De acordo com o último recadastramento, feito pela Blitz Urbana no fim do ano passado, existiam 1.700 vendedores ambulantes na cidade. No entanto, este dado deve ser maior. “Pelo menos deve haver o dobro de vendedores, atualmente. Por causa da crise financeira do país, houve um aumento considerável na informalidade no país e na capital maranhense”, justificou o diretor da Blitz Urbana.
Para quem frequenta a Praça Deodoro, Rua Grande e adjacências, o espaço deveria ser menos usado pelos vendedores. “A gente sabe que cada um tem necessidade de trabalhar, mas está demais. Está muito aglomerado. Está ficando insuportável andar por aqui”, reclamou a auxiliar de cabeleireira, Sergiana Pereira.

FRASE

"A gente sabe que cada um tem necessidade de trabalhar, ganhar seu pão de cada dia, mas está demais. Está muito aglomerado e ficando insuportável andar por aqui”.

Sergiana Pereira,
auxiliar de cabeleireira

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