Desconhecimento

População ainda não sabe utilizar os Ecopontos em SL

No Bequimão, moradores estão depositando lixo em frente ao espaço, que foi instalado pela Prefeitura para recolhimento adequado de resíduos recicláveis

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43
Lixão em frente ao Ecoponto do Bequimão  é exemplo da má utilização do espaço por moradores do bairro
Lixão em frente ao Ecoponto do Bequimão é exemplo da má utilização do espaço por moradores do bairro (Lixo em ecoponto)

Para evitar o descarte irregular de resíduos recicláveis pela população de São Luís, a Prefeitura está instalando Ecopontos pela cidade. A previsão é que sejam implantadas 30 unidades do tipo - todas em pontos da cidade onde haja descarte irregular. Mas parece que a população ainda não se acostumou com a ideia do descarte responsável do lixo. Um exemplo disso ocorre em frente ao Ecoponto do Bequimão, onde um terreno baldio se tornou um ponto de acúmulo de lixo. No bairro, também um outro lixão ainda causa problemas para a comunidade.
O Ecoponto do Bequimão foi o segundo a ser instalado pela Prefeitura de São Luís. O espaço funciona desde junho deste ano. Entre outras finalidades, a ação tem ainda como objetivo contribuir para a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, o descarte correto de pequenos volumes, extinção dos lixões, além de estimular o reaproveitamento e reciclagem de materiais descartáveis e propiciar à população um local específico para fazer a destinação do lixo reciclável acumulado em sua casa.
“Muita gente vem até aqui e deixa seu lixo, mas também ainda há muita gente que joga o lixo no terreno em frente mesmo”, afirma Alcides de Sousa, agente de limpeza que trabalha no Ecoponto. De acordo com ele, a cada três dias, carros de coleta vão até o local recolher o lixo deixado lá pela população.
Mas não é apenas em frente ao Ecoponto do Bequimão que a população faz o descarte irregular de dejetos. Um lixão a poucas ruas do local também acumula entulho de todo tipo, provocando reclamações de quem se preocupa com a limpeza do espaço urbano. “Não adianta colocar contêiner ou ecoponto. Infelizmente, nem todas as pessoas percebem que elas estão prejudicando a vizinhança e a si mesmas já que o lixão atrai ratos, baratas, moscas, provoca mau cheiro e outros incômodos”, afirmou a moradora Adelaide Moreira.

Bairros
Além do Bequimão, há Ecopontos instalados na Avenida dos Africanos, Angelim, Jardim América e no Turu. O da Africanos foi o primeiro a ser entregue, em maio deste ano. Os produtos recicláveis coletados nesses pontos são enviados a cooperativas de reciclagem. Já os produtos orgânicos e inertes (madeiras, resíduos de construção civil, vidros, plásticos, latas de alumínio, etc.) são encaminhados para destino final adequado.
Os Ecopontos atendem principalmente carroceiros que fazem o descarte irregular de resíduos em lixões espalhados por São Luís. O projeto foi desenvolvido para atender geradores e transportadores de pequena quantidade de resíduos, com volumes inferiores a 2 metros cúbicos, transportados por veículos como pick-up, carrinhos de mão ou carroças.
Os Ecopontos são instalados principalmente em áreas afetadas por grande volume de materiais descartados irregularmente, previamente catalogados pela coordenação do projeto. Os resíduos destinados a esses locais são, em grande parte, gerados através de reformas de pequeno porte, restos de poda e capina de origem domiciliar, ou ainda, móveis e eletrodomésticos velhos, que normalmente são descartados nas vias públicas.
A instalação dos ecopontos é mais uma ação do Município para se adequar ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Outra medida foi o fechamento do Aterro da Ribeira (localizado a cerca de 6 quilômetros do Aeroporto Hugo da Cunha Machado). Antes, o lixo produzido em São Luís era descartado no Aterro da Ribeira, que recebia cerca de mil toneladas de resíduos sólidos por dia. Após sua desativação, os resíduos passaram a ser descartados na Central de Tratamento de Resíduos (CTR), instalada no povoado Buenos Aires, no município de Rosário, a 60 quilômetros da capital.
De acordo com a Prefeitura de São Luís, atualmente são realizadas reuniões com os moradores dos bairros que receberam os Ecopontos, a fim de esclarecer dúvidas e realizar explicação sobre o funcionamento do equipamento público. A Prefeitura informou que já possui um plano de ação para educação ambiental e divulgação dos Ecopontos. Esse plano abrange escolas, associações de moradores, igrejas, além dos carroceiros, e nele estão previstas ações como palestras explicativas, panfletagens e ações educacionais. As ações estão em fase de planejamento e tem previsão para iniciar em janeiro de 2017.

Mais

Funcionamento

Os ecopontos funcionam de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 17h.

Aterro da Ribeira

O fechamento do Aterro da Ribeira atendeu a decisão do juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Clésio Coelho Cunha. Uma Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MP) tramitava desde abril de 1997 e visava, dentre outros pontos, a reparação dos danos causados pelo aterro da Ribeira, especialmente no que diz respeito aos riscos causados para a aviação, com a proximidade do aterro do aeroporto de São Luís.

Após tramitar por anos na Justiça, o MP obteve parecer favorável, no entanto, mas os efeitos da decisão foram suspensos pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). Desde 2008, o aterro funcionava por meio de força de liminar, mas foi desativado em julho de 2015.

Números

1.300 toneladas de lixo são produzidas por dia em São Luís

2.400 toneladas de material já foram coletadas nos ecopontos em 2016

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