Pesquisa

Produção recua no 3º trimestre, aponta a Fiema

Resultado da pesquisa de outubro indica queda no nível de produção e emprego na indústria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44

De acordo com os dados obtidos pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) em estudo realizado de 3 a 14 de outubro, setor produtivo enfrenta cenário de recessão. Os indicadores de volume de produção e de número de empregados recuaram na passagem de agosto a setembro, e marcaram 38,4 pontos e 44,1 pontos, respectivamente. Como eles permanecem abaixo dos 50 pontos, indicam ritmo de queda acentuada no nível de produção e emprego na indústria. Nacionalmente, o índice de volume de produção também recua e registra 45,8 pontos, uma queda de 5,0 pontos em relação ao mês de agosto.

Observando o terceiro trimestre de 2016, a pesquisa indica que o índice de facilidade de acesso ao crédito apresentou um leve crescimento de 2,6 pontos, na comparação com o trimestre anterior. Apesar do aumento, o índice permanece muito abaixo dos 50 pontos (31,6 pontos), o que retrata dificuldades que as empresas maranhenses vêm enfrentando para adquirir linhas de crédito. No Brasil, a situação é a mesma, o índice apresentou queda, e marca 30,5 pontos.

Os índices de satisfação com a situação financeira e com a margem de lucro registraram queda de 1,5 pontos e 3,7 pontos, respectivamente, no terceiro trimestre. Ambos os índices permanecem abaixo dos 50 pontos, o que indica forte insatisfação dos empresários com a situação financeira (39,7 pontos) e com a margem de lucro (37,1 pontos). Nacionalmente, os mesmos indicadores apresentaram leve aumento. A satisfação com a situação financeira registrou 41,5 pontos e a satisfação com a margem de lucro, 36,2 pontos.

Impostos

O estudo da FIEMA também revelou que a elevada carga tributária e demanda externa insuficiente são os principais problemas enfrentados pelas indústrias de transformação e extrativa. Os itens foram selecionados, nesse terceiro trimestre, por 40,7% e 29,6% das empresas, respectivamente. Logo em seguida, encontram-se a falta ou alto custo de energia (25,9%), a taxa de juros elevada e falta de capital giro (ambos com 22,2%). A demanda interna insuficiente, que no segundo trimestre ocupava a primeira posição cai de 32,6% das assinalações para 18,5%.

A utilização da capacidade instalada (UCI) registra leve aumento de 2%, em comparação ao mês anterior, e atinge 70%. O índice de UCI efetiva-usual apresenta queda de 5,1 pontos, permanecendo abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que indica baixa atividade industrial.

Apesar dos resultados, os indicadores de expectativas obtiveram uma leve melhora, embora a maioria esteja abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que indica expectativas baixas para os próximos seis meses em relação à demanda por produtos (49,5 pontos), ao número de empregados (44,4 pontos) e à compra de matérias-primas (46,9 pontos). Já as expectativas de exportação para os próximos seis meses cresceram e atingiram 54,2 pontos.

A Sondagem Industrial do Maranhão é elaborada mensalmente pela FIEMA em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Indústrias dos segmentos de Alimentos, Vestuário, Couros, Derivados do petróleo, Biocombustíveis, Química, Limpeza e perfumaria, Plásticos, Minerais não metálicos, Metalurgia, Produtos de metal, Veículos automotores, Móveis, Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos, participaram da sondagem de setembro de 2016.

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