Perigo

Ponto final de ônibus é alterado após ataques

Por causa da mudança, rodoviários que atuam na linha reclamam da falta de condições de trabalho

Leandro Santos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
Novo ponto final não tem nenhum tipo de conforto para trabalhadores
Novo ponto final não tem nenhum tipo de conforto para trabalhadores (ponto final)

Após o ataque a um ônibus que faz linha para o bairro Forquilha, em São Luís, o ponto final do coletivo foi transferido. No entanto, a situação causou a indignação de rodoviários que atuam nessa linha, que reclamam de falta de condições de trabalho.

O episódio relacionado ao ônibus da linha Forquilha aconteceu no dia 27 de setembro, dando início a mais recente onda de ataques a coletivos que se estendeu por alguns dias. Na ocasião, criminosos atearam fogo ao veículo que estava no ponto final, deixando-o destruído pelas chamas, mas ninguém se feriu.

Mudança
Passados alguns dias do ataque, o ponto final do coletivo, que ficava localizado na Avenida Sete, na Cohab/Anil, foi transferido para a Avenida 4, com receio de novos ataques. Contudo, os rodoviários que atuam na linha de ônibus reclamam da falta de condições para trabalho.

O ponto final atende a duas linhas de ônibus: Forquilha/Ipase e Forquilha/Shopping São Luís. O antigo final ficava em um local com pouca movimentação, principalmente no período da noite, o que favoreceu o ataque dos criminosos no dia 27. O novo está situado em uma área mais movimentada, em frente a uma escola da rede estadual de ensino, po­rém sem conforto para motoristas, cobradores e fiscais.

Quando chegam ao ponto final, o descanso dos motoristas e cobradores é sob a sombra de uma árvore. Para usar o banheiro, eles têm de pe­dir permissão na escola ou em estabelecimentos comerciais.
“Queremos saber até quando va­mos ficar dessa forma, porque até agora não nos comunicaram nada”, disse uma das cobradoras, que preferiu não ter o nome divulgado.

No antigo ponto final, apesar de não dispor de conforto, eles tinham um espaço para fazerem suas necessidades básicas, se alimentar e descansar.

Além desse problema, os rodoviários têm de conviver com a falta de segurança no exercício de suas profissões, temendo a qualquer momento serem vítimas de novos ataques de criminosos. “Quando entra uma pessoa estranha no ônibus ficamos logo com receio”, disse outra cobradora que também preferiu não se identificar.

O Estado entrou em contato com Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) e a Prefeitura, mas até o fechamento desta página nenhuma resposta foi obtida.

SAIBA MAIS

Em maio deste ano, após uma onda de ataques à ônibus, um coletivo que faz linha para a cidade de Raposa (região metropolitana) também foi incendiado no ponto final. Dias depois esse mesmo ponto final foi transferido para próximo do batalhão de polícia da área.

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