Movimento sem efeito

Paralisação dos rodoviários tem baixa adesão

Veículos formaram uma grande fila na avenida Alexandre de Moura, que dá acesso à Praça Deodoro; algumas linhas também aderiram de forma mais tímida.

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
(Rodoviários)

A paralisação dos rodoviários – convocada pelo sindicato da categoria em São Luís seguindo orientação de entidades nacionais em defesa dos trabalhadores – teve baixa adesão ontem (22) e apenas alguns veículos deixaram de circular. Durante a tarde de ontem, ônibus formaram uma enorme fila na avenida Alexandre de Moura, que dá acesso à Praça Deodoro e ao lado do Parque do Bom Menino. Usuários disseram que as consequências do movimento foram mínimas.

O Estado percorreu, entre às 15h e às 16h30 de ontem, as avenidas Lourenço Vieira da Silva, dos Franceses, dos Africanos, Santos Dumont, Casemiro Júnior, Vitorino Freire e Marechal Castelo Branco e constatou que os coletivos circulavam sem problemas.

Além da concentração de alguns veículos no Centro, cerca de 250 membros de entidades sindicais, como a Central do Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), dentre outras, promoveram um ato público em frente à biblioteca pública Benedito Leite, no Centro. No ato, os integrantes de sindicatos exigiram melhorias nos salários e melhores condições de trabalho. Além disto, o protesto também tinha como objetivo evitar a elevação na jornada dos trabalhadores.

O ato durou aproximadamente duas horas. Às 17h de ontem (uma hora antes do previsto), com o fim do protesto, os coletivos que estavam concentrados na avenida Alexandre de Moura começaram a circular novamente. Até o início da noite de ontem, os veículos também mantinham a regularidade nas viagens. “ Consideramos um movimento positivo e os trabalhadores deram o seu recado”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Isaias Castelo Branco.

O dirigente descartou, nos próximos dias, novas paralisações. “ Foi somente hoje [ontem], apenas para respeitar o calendário de lutas dos trabalhadores no país. Temos nossas reivindicações, no entanto, os ônibus circularão normalmente amanhã [ hoje] e nos próximos dias” garantiu Isaias.

Consequências – Apesar da baixa adesão, alguns usuários do transporte coletivo enfrentaram pequenos transtornos para cumprir com os seus compromissos pessoais. “ Simplesmente o ônibus parou aqui em frente ao Bom Menino e eu tive que descer. Resolvi o que tinha pra resolver no Centro e agora voltei para casa. O ruim é que não desci na parada em que normalmente desço, perto do Liceu Maranhense”, disse a dona-de-casa Maria do Rosário Pereira, moradora do Sá Viana.

Os donos de carros-lotação também aproveitaram as poucas horas sem ônibus no Centro para lucrar. “ Eu vou pegar um carrinho, pois quero chegar logo em casa”, disse o serralheiro José Carlos, morador da Vila Embratel.

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