Saúde

Busca por unidades de saúde aumentou 33%

Números tratam de unidades mistas do Município, e aumento decorre da falta de plano de saúde e doenças causadas pelo Aedes aegypti

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Unidade Mista Itaqui-Bacanga fez mais de 220 mil atendimentos este ano
Unidade Mista Itaqui-Bacanga fez mais de 220 mil atendimentos este ano (Unidade Mista Itaqui-Bacanga)

De janeiro a junho deste ano, as unidades de saúde da rede pública municipal de São Luís tiveram crescimento de 33% no número de atendimentos e procedimentos realizados. O crescimento, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) é reflexo das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e pela crise econômica. Isso mesmo. É que com o aumento no número de desempregados, muita gente perdeu o plano de saúde e teve de recorrer aos serviços públicos.

Das 12 unidades de saúde informadas pela Semus, a que mais teve aumento foi o Hospital Dr. Odorico Amaral de Matos (Hospital da Criança), na Alemanha. Ao longo de todo o primeiro semestre o hospital apresentou números crescentes no total de serviços prestados. Em janeiro, foram pouco mais de 102 mil atendimentos e procedimentos. Junho foi o mês em que mais foram realizados atendimentos e procedimentos na unidade, quase 159 mil, segundo o balanço da secretaria.

A Unidade Mista do São Bernardo foi a segunda unidade de saúde municipal em números de atendimentos no semestre passado, mais de 390 mil no total, com destaque para o mês de maio com quase 81 mil procedimentos e atendimentos realizados. O mês de maio registrou o maior total de atendimentos no primeiro semestre superando os 488 mil procedimentos. Em todo o primeiro semestre, o acréscimo médio no total de atendimentos foi 33,4% ou 112.869 atendimentos e procedimentos a mais.

Segundo a Semus, esse crescimento foi motivado por dois fatores. Um foi o aumento no número de desempregados. Como muita gente perdeu o plano de saúde empresarial, a saída encontrada para cuidar da saúde foi recorrer às unidades públicas, que tiveram aumento na sua demanda.

Outro fator, foi o crescimento no número de casos de dengue, febre chikungunya e zika vírus, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), de 3 de janeiro a 2 de julho deste ano, 23.132 casos de dengue foram notificados no Maranhão, 5.878 de febre chikungunya e 3.381 de zika vírus. Os dados são do Programa Estadual da Dengue da Secretaria Adjunta da Política de Atenção Primária em Vigilância em Saúde da SES, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Do total de 23.132 casos notificados de dengue, 6.850 foram confirmados, 3.641 descartados e 19.454 casos estão em investigação.

Em São Luís, no mesmo período, foram notificados 3.051 casos, sendo que destes, 2.927 já foram confirmados. No Maranhão, em 2016, foram nove óbitos confirmados para dengue, e sete em investigação, aguardando resultado de exames. Dos casos de febre chikungunya, foram notificados 5.878 casos, sendo 273 confirmados em laboratório, 2.920 com confirmação por critérios clínicos epidemiológicos e 2.682 casos estão em investigação. Do total de casos em 2016, foram confirmados quatro óbitos, sendo um paciente de Barra do Corda e três de São Luís.

Total de atendimentos por unidade de saúde de janeiro a junho deste ano

Hospital da Criança – 800.469 mil
Unidade Mista do São Bernardo – 390.881 mil
Socorrão II – 281.509 mil
Socorrinho São Francisco – 280.682 mil
Unidade Mista Itaqui-Bacanga – 226.905 mil
Socorrinho Cohatrac – 203.916 mil
Unidade Mista Bequimão – 131.920 mil
Hospital da Mulher – 98.949 mil
Unidade Mista Coroadinho – 82.275 mil
Pronto-Socorro Anil – 77.413 mil
Santa Casa – 449
Hospital da Mulher – neurocirurgia - 93

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