Desde o dia 16 deste mês, quando a campanha política começou, os nove candidatos a Prefeitura de São Luís vêm apontando os grandes desafios que a cidade precisa superar nos próximos quatro anos. E a saúde está presente em todos os discursos. Diante deste cenário, é importante entender quais são os problemas e desafios da saúde pública que serão enfrentados pela futura administração municipal a partir do dia 2 de janeiro de 2017. Segundo a população, a falta de médicos e o tempo de espera para o atendimento são os grandes problemas.
A saúde pública de São Luís sempre foi alvo de muitas críticas da população e de outros órgãos públicos. Em 2013, a 2ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Saúde da capital afirmou que os hospitais da rede municipal de saúde pública tinham questões absurdas de gerenciamento e que em diversas vistorias já realizadas pela promotoria nas unidades de saúde da capital foram constatados também problemas de ordem estrutural.
Helena Duailibe, secretária municipal de Saúde desde 2014, informa que neste período a Prefeitura de São Luís resolveu investir na melhoria do atendimento na atenção básica. “Hoje, temos 54 unidades básicas de saúde, mas elas estavam sem profissionais em suas equipes e com a estrutura física comprometida. Nós melhoramos as instalações, capacitamos os profissionais e fortalecemos outros programas. Nesse primeiro momento, a nossa prioridade foi fazer a rede funcionar”, afirma.
Problemas
Apesar dos esforços relatados pela secretária, problemas persistiram. Um deles, apontado pela população nas ruas, é a falta de profissionais, que reflete também no número reduzido de consultas, no maior tempo de espera para o atendimento para pequenas cirurgias ou para marcação de exames complementares.
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Adrianne Ribeiro, moradora do Turu, informou que por diversas vezes não conseguiu atendimento no posto de saúde do bairro em que mora. “A gente tem dificuldade para marcar consulta. Temos que chegar muito cedo, pegar fila para conseguir a senha e só depois marcar. Tem dia que quando chega, umas 6h, a fila já tinha o número de pessoas que são atendidas por dia. E quando a gente conseguia marcar, ficava praticamente a manhã toda esperando o médico chegar para nos atender”, relata.
A situação vivida por Adrianne Ribeiro é a mesma de muitos moradores de São Luís e, segundo Helena Dualibe, hoje, a cobertura de atendimento na atenção básica é menor que 40% na capital. “Depois que reorganizar a rede municipal de saúde, temos o desafio de ampliar a o Programa Saúde na Família, que precisa dobrar. Com menos de 80% de saúde preventiva não se consegue fazer saúde. E o bom atendimento na atenção básica evita que o paciente precise de atendimento de média e alta complexidade”, pondera.
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