[e-s001]A busca pela mobilidade urbana é um desafio enfrentado pela maioria das grandes cidades no Brasil, que esbarram em problemas como o privilégio aos transportes individuais, que é o que acontece quando a população considera o Sistema de Transporte Coletivo insatisfatório. Com mais carros nas ruas e avenidas, e se a malha viária não for pensada para suportar o fluxo de veículos, o resultado é um trânsito mais lento e engarrafado e mais um desafio que a futura gestão municipal terá de encarar.

Em 2001, a frota de veículos de São Luís era de 99.759. Hoje, é de 192.338. “A frota aumentou e, ao mesmo tempo em que houve um aumento muito grande no número de veículos, não houve preparação das vias para isso. As vias não estão preparadas para o número de carros que vemos circulando. Ainda há muitas ruas estreitas, avenidas de duas pistas. Em alguns lugares o trânsito fica muito afunilado”, comentou o motociclista Cleyton Ferreira.

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O taxista Clailton Ferreira Silva se lembra de ações realizadas pela Prefeitura, que melhoraram o tráfego em vias onde os engarrafamentos eram constantes. Como a fiscalização ao longo da Avenida São Marçal, no João Paulo, e Rua Rio Branco, no Centro, que impedia motoristas de estacionarem irregularmente, deixando apenas uma via livre para circulação. “Mas pararam de fazer esse trabalho e agora tem muito motorista que estaciona e atrapalha todo mundo, porque a via que sobra a gente precisa dividir com os ônibus”, conta.

O mototaxista Cleyton Ferreira afirma que é preciso construir novos viadutos para desafogar o trânsito e lembrou-se de uma promessa antiga feita pelas gestões municipais, o viaduto da Forquilha, área em que os engarrafamentos são constantes. Mas destacou que é preciso também mais consciência por parte dos condutores. “Tanto motociclistas quanto motoristas comentem erros, fazem manobras perigosas e não respeitam as leis. Por isso, além de melhorar as vias, é preciso educar os motoristas”, diz.

[e-s001]Investimentos
A Prefeitura de São Luís informou que foram feitos investimentos para melhorar o tráfego na capital, como intervenções em diversas avenidas, além do Programa Interbairros, com o objetivo de construir ligações entre bairros de São Luís, criando alternativas de escoamento do tráfego nos principais corredores urbanos da cidade, reduzindo congestionamentos, diminuindo o tempo de deslocamento e melhorando a mobilidade.

Entre as vias com obras já concluídas ou com serviços em estado avançado estão as conexões entre a Cidade Operária e o Jardim São Cristóvão; entre o João Paulo e a Avenida dos Africanos; entre a Forquilha e o Parque dos Sabiás e entre o Turu e o Parque Vitória. No total, estão previstas cerca de 20 vias interbairros em São Luís. Dessas, 14 estão sendo executadas por meio de parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís. Outros bairros que devem ser beneficiados com a criação de conexões são Vila Conceição, Barramar, Cidade Operária, Angelim, Vila Embratel, Vila Maranhão, Bequimão e Maranhão Novo.

INTERVENÇÕES NO TRÂNSITO:

Mais de 10 intervenções no trânsito foram realizadas em avenidas de São Luís com o objetivo de melhorar a trafegabilidade dos veículos. Entre essas, destacam-se:

- Rotatória do Bacanga/Anel Viário
- Avenida Colares Moreira (entrada da Lagoa da Jansen)
- Avenida Jerônimo de Albuquerque (Curva do 90)
- Avenida Carlos Cunha (Jaracati)
- Ponta do Farol (entrada da Litorânea)
- Avenida Casemiro Júnior (Anil)
- Entrada da cidade / Rotatória do aeroporto. (parceria Governo)
- Forquilha (em andamento)

Fala, povo

Que melhorias precisam ser feitas no trânsito de São Luís?

[e-s001]- Rômulo Dominice, motociclista

“O disciplinamento do trânsito precisa melhorar para evitar manobras de motoristas que acabam atrapalhando o tráfego para todo mundo”.

[e-s001]- Clailton Ferreira Silva, taxista

“A prefeitura precisa aumentar a punição a quem comete infrações, como estacionar de forma irregular, pois isso atrapalha o trânsito”.

[e-s001]- Cleyton Ferreira, mototaxista

“É preciso fazer melhorias nas avenidas, criar vias alternativas para a gente não ficar preso nos engarrafamentos”.

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