Sob investigação do MPF, Materno Infantil trabalha na melhora de procedimentos
Corpos de três recém-nascidos desapareceram das dependências do Hospital Universitário, no mês de julho; Ministério Público Federal apura falhas na segurança; Polícia Federal também está no caso
O Hospital da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA) – Unidade Materno Infantil – informou, por meio de nota, que está trabalhando para a melhoria dos processos por meio de análises de procedimentos e sindicâncias internas para apuração de responsabilidades. A medida foi tomada após o desaparecimento de três corpos de natimortos que teriam desaparecido no dia 20 de julho da câmara fria da unidade. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF).
No dia 19 de julho, o parto de Edinete Francisca dos Santos, de 32 anos, foi realizado na unidade, e sua filha nasceu morta. A família aguardou durante alguns dias o recebimento do corpo da criança, o que não ocorreu. O corpo do bebê deu entrada na sala da câmara fria do Materno Infantil no mesmo dia do parto, mas até o dia 22 de julho não havia registro de saída no protocolo da unidade de saúde.
Nessa data, em entrevista à imprensa, a direção do HUUFMA solicitou que a Polícia Federal (PF) apurasse o desaparecimento do corpo de um natimorto do sexo feminino de dentro da câmara fria do Materno Infantil. O desaparecimento teria ocorrido no dia seguinte ao parto, 20 de julho. Os diretores alegaram que o corpo pode ter sido levado por algum funcionário de uma empresa terceirizada, que presta serviço de limpeza na unidade de saúde. Entretanto, este não seria o primeiro natimorto a desaparecer da unidade.
Outros desaparecimentos
A PF estaria apurando o desaparecimento de outros dois natimortos, além da filha de Edinete Francisca dos Santos, o que foi confirmado pela direção do HUUFMA. A situação chamou a atenção também do Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA), por intermédio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), que instaurou inquérito civil para investigar falhas na segurança e qualidade dos procedimentos internos da unidade Materno Infantil do Hospital Universitário.
A procuradora regional dos Direitos do Cidadão no Maranhão, Talita de Oliveira, requisitou à direção da unidade hospitalar que apresente informações detalhadas e todos os documentos disponíveis sobre o desaparecimento de corpos de recém-nascidos de suas dependências. De acordo com o pedido, o hospital terá, ainda, de esclarecer as providências que adotará para garantir que casos semelhantes não voltem a acontecer.
Por meio de sua assessoria de comunicação, o Hospital Universitário da UFMA informou que vem trabalhando para melhoria dos processos, por meio de análises de procedimentos e sindicâncias internas para apuração de responsabilidades.
O HUUFMA informou também que desde o início foi tomada a iniciativa para elucidação do caso, tendo como primeira providência a conversa com os familiares, seguida do registro do Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia Federal e da disponibilidade em colaborar com todas as investigações sobre o caso.
Já o MPF aguarda informações das investigações realizadas pela Polícia Federal para também apurar possível responsabilidade criminal sobre o desaparecimento dos corpos dos três recém-nascidos.
NÚMERO
3 é o número de corpos de recém-nascidos que desapareceram no Hospital Universitário, em São Luís
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.