MÃE E FILHA

Maternidade realiza primeiro parto natural da rede pública do Maranhão

Marina Vieira Santos, de 21 anos, deu à luz a pequena Yanne Santos, sua segunda filha, na Maternidade Benedito Leite, em São Luís

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Parto ocorreu no Maternidade Benedito Leite
Parto ocorreu no Maternidade Benedito Leite

SÃO LUÍS - O momento já era especial para Marina Vieira Santos, 21 anos, que nesta quinta-feira (21) daria à luz a Yanne Santos, sua segunda filha. Mas, quando chegou à Maternidade Benedito Leite, em São Luís, em trabalho de parto, ela recebeu a informação de que poderia optar pelo parto humanizado e ser a primeira mulher a receber esse atendimento em uma unidade da rede pública do Maranhão.

A opção pelo parto natural foi sugerido por Kelma Lucena, coordenadora de enfermagem da maternidade, e por Analamacia Brito, coordenadora de enfermagem do Instituto Acqua, que faz a gestão do hospital. A iniciativa era um sonho de mais de uma década que as duas enfermeiras obstetras alimentavam em realizar na rede pública e, com o sim de Marina e o apoio dos gestores do hospital, montaram a estrutura na maternidade para a chegada de Yanne.

A história da chegada de Yanne começou por volta das 9h, com a preparação de Marina, que teve a mãe Kátia Vieira Santos como acompanhante durante todo o parto. A partir do momento em que entrou no quarto preparado exclusivamente para seu parto, Marina passou a receber massagem, ouvir músicas escolhidas especialmente para a ocasião e todos os procedimentos necessários para que ela estivesse relaxada, mas ao mesmo tempo estimulasse a chegada de Yanne, como os exercícios sobre a bola suíça.

Yanne veio ao mundo com 49,5 cm e 2,68 quilos
Yanne veio ao mundo com 49,5 cm e 2,68 quilos

Tudo foi feito de acordo com o tempo e as condições de Marina, que só relaxou de verdade a partir do momento em que foi para os procedimentos realizados na banheira inflável montada para ela. Na água, com o ambiente adequado, Marina conseguiu se soltar mais e estimular a chegada de Yanne de forma natural.

Até que, por volta das 14h, a pequena Yanne veio ao mundo com 49,5 cm e 2,68 quilos para comemoração da mãe Marina, da avó Kátia e de toda a equipe que acompanhou os procedimentos.

“Não imaginei que meu parto pudesse ser desse jeito, mas quando as enfermeiras falaram comigo entendi que poderia ser melhor para minha filha. Em alguns momentos cheguei a achar que não iria conseguir, mas elas foram muito atenciosas durante todo tempo e deu tudo certo”, contou Marina.

Visivelmente emocionada ao final do parto, Kelma disse ser difícil descrever a emoção em poder ofertar esse tipo de parto na rede pública. “É muito gratificante porque toda mulher tem esse direito de escolha de qual tratamento irá receber e fazer parte desse momento, que é único pra ela e que é o primeiro da rede pública, é realmente um momento maravilhoso.”

“Esse sonho vem desde 2005, quando conhecemos essa experiência em Belo Horizonte, mas desde lá era só sonho. Foi um momento de muita emoção, único mesmo; a Marina ajudou muito, mas chegou a pedir que fosse operada, achando que não conseguiria, mas no fim deu tudo certo e ela conseguiu, no fim todas conseguem”, afirmou Analamacia, igualmente emocionada.

A Maternidade Benedito Leite e a Maternidade Nossa Senhora da Penha, também em São Luís, passarão a oferecer o parto natural às suas pacientes. Um parto como o realizado por Marina custaria cerca de R$ 10 mil se fosse realizado em uma unidade particular.

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