Votação

Presidente da Câmara diz que descontará salário de deputado que falta sessões

Rodrigo Maia concentrará votações na Casa segundas, terças e quartas-feiras; objetivo é obter quórum para votar propostas do governo de Michel Temer

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Rodrigo Maia quer logo que na primeira semana de agosto haja quórum para votar projetos do Executivo
Rodrigo Maia quer logo que na primeira semana de agosto haja quórum para votar projetos do Executivo (Rodrigo Maia)

Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem que vai descontar do salário de quem não comparecer para votar em agosto. "É óbvio, pauta marcada, deputado tem de estar presente. Em qualquer trabalho é assim. Se você marcou uma data para que os deputados estejam aqui para votar, é importante que todos votem", afirmou.
Maia marcou sessões de segunda a quarta-feira na primeira semana do próximo mês e sua intenção é manter esse ritmo nas semanas seguintes. Ele reconheceu que em setembro, devido à proximidade das eleições municipais, será mais difícil fazer três sessões semanais.
A declaração do deputado se de­ve à preocupação dos líderes partidários com o quórum na volta do recesso. Em ano eleitoral, tradicionalmente os meses de agosto e setembro costumam ter baixa frequência parlamentar. Este ano, po­rém, há uma série de propostas de interesse do governo e a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na agenda.

Quórum alto
Para votar a perda do mandato do peemedebista é preciso um quórum alto, de pelo menos 420 parlamentares na Casa, já que são necessários 257 votos para cassá-lo. Enquanto líderes do chamado Centrão - PP, PR, PTB, entre outros - têm dúvidas de que haverá presença suficiente para votar a cassação em agosto, a antiga oposição ao governo Dilma Rousseff (PSDB, DEM, PPS e PSB) diz que fará um esforço para trazer toda sua bancada a Brasília no próximo mês.
Maia disse que sua preocupação é colocar em votação as matérias relevantes, principalmente os temas da área econômica. Ontem, o novo presidente da Câmara teve um jantar com o presidente em exercício Michel Temer e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para sintonizar a agenda legislativa.
Na manhã de ontem, o deputado disse que é preciso trabalhar junto para superar a crise econômica. "Está na hora do parlamento, junto com o Executivo e até com o Judiciário, todo mundo colaborar, gerar consenso", pregou.

Jantar
Rodrigo Maia comentou ontem o jantar da noite da terça-feira, 19, com o presidente da República em exercício, Michel Temer, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Palácio do Jaburu.
Durante quase quatro horas de reunião, eles discutiram, segundo Renan e Maia, as pautas de interesse do Executivo no Congresso.
“Está na hora de o parlamento, junto com o Executivo e até o Judiciário, colaborar, gerar consenso, gerar uma harmonia, diferente de antes, e ter a possibilidade de dar a sua contribuição”, disse Maia.

CLT é prioridade, segundo Maia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia defendeu a aprovação ainda neste ano pelos deputados de uma proposta que permita que negociações entre empregados e empregadores se sobreponham à CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Essa votação deverá ser uma das prioridades da Casa na volta dos trabalhos no segundo semestre deste ano.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.