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Após polêmica no Maranhão, comissão investigará contas do Conselho de Enfermagem

DE acordo com deputado, em agosto de 2015, foi determinada intervenção no Conselho Regional de Enfermagem do Estado do Maranhão

Agência Câmara

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
(Deputado federal Hildo Rocha)

BRASÍLIA - A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou proposta que prevê a realização de auditoria nas contas do atual presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Manoel Carlos Neri da Silva, tanto na gestão atual (2015-2018) quanto na anterior (2007-2012) para investigar a regularidade na aplicação de recursos públicos.

A auditoria está prevista na Proposta de Fiscalização e Controle 71/16, do deputado Hildo Rocha (PMDB-MA). Segundo Rocha, em agosto de 2015, o Cofen determinou intervenção no Conselho Regional de Enfermagem do Estado do Maranhão (Coren-MA) no exato momento em que o órgão regional realizava auditoria nas contas de gestões anteriores, cujos diretores à época ocupam agora o Cofen. Rocha destacou ainda que a Justiça Federal concedeu liminar à atual diretoria do Coren-MA, assegurando sua permanência.

Transparência

Relator da proposta, o deputado Valtenir Pereira (PMDB-MT) defendeu a realização da auditoria. “Levando-se em conta que a intervenção do Cofen impediu a realização de auditoria, prejudicando a transparência dos atos e, ainda, que há precedentes que apontam problemas no sistema, julgo conveniente a realização da fiscalização”, disse Pereira.

O relator também concordou com a auditoria nas contas da presidente anterior do Coren-MA, Célia Maria Santos Rezende, na gestão 2012-2014.

Pereira lembrou ainda que, em 2005, uma operação da Polícia Federal prendeu 17 pessoas ligadas aos conselhos federal e regionais de Enfermagem, por denúncias de peculato, formação de quadrilha, homicídio, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, interceptação não autorizada de comunicação telefônica e falsidade ideológica, tendo sido estimado, à época, um desvio de R$ 50 milhões.

Pelo texto aprovado, a fiscalização será realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que remeterá os resultados alcançados à comissão.

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