Boletim

Número de casos de microcefalia chega a 1.638, diz ministério

Malformação registrou 87 mortes desde outubro de 2015; estado de Pernambuco ainda tem maior quantidade de casos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
Critérios para triagem de bebês afetados pelo vírus podem mudar
Critérios para triagem de bebês afetados pelo vírus podem mudar (BEBE01071601H)

Brasília - O número de casos confirmados de microcefalia no Brasil chegou a 1.638. Ao todo, foram 8.165 notificações desde o início das investigações, em 22 de outubro de 2015, até 25 de junho deste ano, com 87 mortes.

Segundo o Ministério da Saúde, 3.466 casos foram descartados e outros 3.061 casos ainda estão em investigação. O estado com maior número de casos confirmados ainda é Pernambuco, com 366 casos, seguido da Bahia, com 263, e da Paraíba, com 147.

Os dados são do boletim divulgado ontem. Dos casos confirmados de microcefalia, 270 tiveram teste positivo para o vírus da zika. Em uma semana, desde a divulgação do último boletim, foram 116 novas notificações de microcefalia, 22 casos confirmados e 50 casos descartados.

Desde outubro, houve 328 notificações de mortes por microcefalia ou outras alterações no sistema nervoso central durante a gestação ou após o parto. Deste total, 87 óbitos foram confirmados para microcefalia e alterações do sistema nervoso central, 57 foram descartados e 184 continuam sob investigação.


Protocolo

O Ministério da Saúde está estudando mudar o protocolo de atendimento a bebês que nascem com possíveis danos provocados pelo vírus da zika. A mudança foi motivada pelo estudo publicado quarta-feira, 29, na revista "The Lancet", que concluiu que 20% dos bebês que nascem com problemas relacionados à zika têm cabeça de tamanho normal.

Isso significa que somente o fato de ter um crânio menor, o que caracteriza a microcefalia, e um histórico de vermelhidão na pele durante a gestação não são suficientes para detectar quais bebês foram de fato afetados pelo vírus da zika.

Hoje, bebês com perímetro cefálico menor do que 32 cm são enquadrados como casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus da zika. Mas isso pode mudar, de acordo com nota divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira.

Levando em conta os resultados do estudo -- que foi encomendado pelo próprio ministério -- o Brasil pode incluir outros sintomas e alterações neurológicas como critérios para triagem dos bebês, independentemente da presença de microcefalia.

“Estamos adequando nossos protocolos a esses achados para ampliar as investigações e melhorar nosso sistema de vigilância. Neste momento, o Brasil e o mundo já acumularam mais conhecimentos sobre a doença e podemos, com esse aprendizado, aprimorar o monitoramento das consequências da infecção congênita pelo vírus zika”, afirmou o coordenador-geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, segundo nota divulgada pela pasta.

Números

- 1.638 casos confirmados de microcefalia no Brasil

- 8.165 notificações desde o início das investigações, até 25 de junho deste ano

- 87 mortes, segundo o Ministério da Saúde

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