Irregularidade

Quantidade de táxis piratas cresce 1.000%

Em 2005, eram cerca de 200 veículos fazendo o transporte de passageiros irregularmente; agora, novo levantamento aponta 2.300 carros realizando transporte ilegal de usuários

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
Taxistas regulares se sentem prejudicados pelo constante aumento do número de veículos piratas
Taxistas regulares se sentem prejudicados pelo constante aumento do número de veículos piratas (Táxis)

Em 2005, o Sindicato dos Taxistas de São Luís estimava em 200 o número de táxis piratas em circulação na capital, mas em pouco mais de 10 anos esse número aumentou mais de 1.000%. Atualmente, o sindicato estima em 2.300 os táxis circulando irregularmente na cidade. Este mês, a entidade entregou ao Procon uma relação de táxis piratas. O levantamento foi pedido pelo órgão. Agora, o sindicato aguarda uma ação de fiscalização para combater a prática.

O número de táxis piratas em circulação vem crescendo ano a ano na capital. Em 2005, eram cerca de 200 veículos fazendo o transporte de passageiros irregularmente. Em 2007, eram pelo menos 600 táxis nessa situação. Em 2012, 40% da frota era pirata, cerca de 800 táxis. No ano seguin­te, esse total passou para mil, cerca de 50% do total de permissões concedidas pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT). Agora, novo levantamen­to feito pelo sindicato da categoria aponta 2.300 táxis piratas.

Pontos irregulares
Segundo Ricardo Medeiros, com a falta de fiscalização suficiente e o consequente aumento do número de táxis piratas em São Luís, já existem pelo menos 38 pontos onde ficam veículos em situação irregular na cidade. “Esse número é referente ao último levantamento feito pelo sindicado, em 2013. Ainda não temos uma nova estimativa, mas em praticamente todo lugar de São Luís é possível flagrar veículos com a placa cinza fazendo frete e transportando passageiros irregularmente”, afirma.

Segundo levantamento divulgado pelo sindicato em 2013, antes os principais pontos de táxis piratas ficavam no Anel Viário, em fren­te à Fonte do Bispo, para embarque e desembarque de ferry-boat, no Mercado Central e na Avenida Litorânea. Mas naquele ano também havia pontos irregulares na porta das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da área Itaqui-Bacanga, Araçagi, Cidade Operária e Vinhais.

Outros pontos para onde o serviço irregular teria migrado eram o Viva e o Mercado do Vinhais, a Rua do
Aririzal, na Cohama, e nas proximidades do Terminal de Integração do São Cristóvão. “Os pontos de táxis piratas, que ficavam apenas em áreas do Centro e nas praias, estão se expandindo para outros bairros”, comenta Ricardo Medeiros.

Levantamento
Ricardo Medeiros informou ainda que o Procon pediu à entidade que fizesse um levantamento dos táxis piratas em circulação e enviasse ao órgão. “Nós fizemos isso. Enviamos essa relação este mês, mas não sabemos o que será feito. Estamos aguardando uma ação, pois a pirataria traz prejuízos para os taxistas”, comentou.

Atualmente, existem pouco mais de 2 mil permissionários que exercem o serviço de táxi em São Luís, seguindo as exigências da Lei nº 2.554/1981, que regulamenta o serviço. E do total de taxistas que usam estas licenças, 50% são defensores. Conforme o parágrafo VII do artigo 2º da Lei 248/2013, são os motoristas auxiliares habilitados conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), inscritos no cadastro de defensores de táxi da SMTT e que exercem atividade de condução de táxi, vinculados a uma única permissão.

A SMTT é o órgão responsável por fiscalizar e regulamentar o setor. Conforme o artigo 6º da Lei 248 de 8 de maio de 2013, as permissões para exploração do serviço individual de passageiros em táxi somente serão outorgadas a pessoa jurídica constituída sob forma de Empresa Comercial que tenha como objeto principal a exploração do serviço de transporte individual de passageiros e a pessoa física, motorista autônomo (no mínimo habilitado na categoria “B”), não abrangen­do, portanto, as cooperativas de táxi-lotação.

Padronização

Para saber se um táxi é regular, é preciso observar se tem a cor padrão (branca), o sinal luminoso, a placa vermelha, o taxímetro e o adesivo na porta do veículo com o número de inscrição do carro.

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