Paralisação

Policiais civis iniciam greve hoje em todo o estado

Categoria deve realizar um ato público na manhã de hoje em frente à Secretaria de Segurança Pública; com a paralisação, apenas os casos mais greves serão registrados nas delegacias de polícia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
(Policiais civis decidem paralisar atividades para pressionar o governo)

Policiais civis de todo o Maranhão iniciam hoje uma greve geral para reivindicar por melhores condições salariais e de trabalho. Com a paralisação do servidores, apenas os casos mais graves, como crimes contra a vida, por exemplo, serão registrados nas delegacias de São Luís e do interior do estado.

A decisão pela greve foi tomada no dia 10 deste mês durante uma assembleia geral da categoria realizada no auditório da Associação Comercial do Maranhão (ACM), no centro da cidade. Essa é a segunda paralisação dos policiais civis que o governador Flávio Dino (PC do B) enfrenta em sua gestão. A primeira foi realizada em setembro do ano passado e se estendeu durante todo aquele mês. Na manhã de hoje, a categoria deve fazer um ato público em frente à sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Outeiro da Cruz.

Com a greve, escrivães, comissários, investigadores, entre outros, não deverão assumir seus postos de trabalho. O atendimento nas delegacias de polícia ficará prejudicado e as pessoas poderão encontrar dificuldades para registrar boletins de ocorrência. Apenas os casos de atentados contra à vida, crimes contra idosos e crianças, e casos que mereçam a aplicação da Lei Maria da Penha deverão ser registrados.

Reivindicações

Os policiais civis pedem melhores condições de salário e de trabalho. O Governo do Estado ofereceu um reajuste salarial de 15%, que seria dado da seguinte forma: 6% agora em junho, outros 6% em março de 2017 e os 3% restantes em fevereiro de 2018. A categoria rejeitou a proposta salarial oferecida e decidiu iniciar o movimento paredista hoje.

De acordo com Heleudo Moreira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão, a categoria vem mantendo reuniões com representantes do Governo do Estado, mas, até o momento, não houve nenhum acordo.

“Tivemos encontros com representante do governo e com o secretário Jeferson Portela, mas não se chegou a nenhum entendimento”, disse Heleudo Moreira. O Governo do Estado foi procurado em busca de um posicionamento sobre a paralisação dos policiais civis, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi obtida.

Mais

Os peritos criminais do Maranhão, em assembleia realizada no dia 9 de junho, decidiram deliberar por uma paralisação de 48 horas, que terá início hoje. A categoria também rejeitou a proposta oferecida pelo Governo do Estado de reajuste salarial de 15% divididos em três parcelas: de 6%, 6% e 3%, respectivamente, para os anos de 2016, 2017 e 2018.

Correlata

Servidores do Detran/MA podem iniciar paralisação na próxima semana

Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran/MA) podem iniciar uma paralisação por tempo indeterminado a partir da próxima semana. A categoria também reivindica melhores condições de trabalho.

Na tarde de ontem estava prevista uma reunião dos servidores no auditório da sede do órgão, na Avenida dos Franceses, em São Luís. As 15 Circunscrições Regional de Trânsito (Ciretran) do interior do estado já estão mobilizadas e decidiram que, se a greve for deflagrada em São Luís, elas tomarão a mesma decisão.

De acordo com Perez Silva da Paz, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran, caso a categoria decida pela paralisação, amanhã, 17, será feita a comunicação oficial para a população e as autoridades sobre o manifesto e dado um prazo de 72 horas (três dias úteis) para a realização da greve, que deve começar na próxima quarta-feira,22.

PCCR

Entre os itens de reivindicação dos trabalhadores, estão a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), inclusão do auxílio-alimentação nas férias e recomposição das perdas inflacionárias referentes ao ano passado. Caso a greve seja consumada, mais de 700 servidores deixarão de prestar serviços essenciais à população, como, por exemplo, emissão de documentos, verificação de multas de trânsito, ingressos de recursos entre outros.

Se a greve for confirmada, somente na capital maranhense haverá prejuízo avaliado em 70% na prestação dos serviços aos usuários. De acordo com o Sindicato dos Servidores do Detran, caso ocorra a paralisação, somente os serviços de exames teóricos e práticos serão mantidos.

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