Saúde

Hemomar busca doadores de medula óssea no estado

Campanha que termina hoje, na área de vivência da UFMA, objetiva ampliar o cadastro de voluntários que possam doar e possibilitar a realização de transplantes no Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
Estudante faz  a doação sanguínea durante a campanha
Estudante faz a doação sanguínea durante a campanha (medula)

A falta de doador compatível é o fator que mais dificulta o transplante de medula. Por esse motivo, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar), em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), realiza uma campanha para cadastrar pessoas para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). A ação ocorrerá até hoje, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h, na área de vivência da UFMA.
“O Brasil é um país muito miscigenado e isso faz com que fique mais difícil a compatibilidade genética, por isso essa campanha visa ampliar o número de pessoas cadastradas, já que as chances de o paciente encontrar um doador compatível, em média, são de uma em cada 100 mil pessoas”, afirmou a assistente social Cintia Garcia.
Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. O transplante pode beneficiar o tratamento de cerca de 80 doenças em diferentes estágios, que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas.
No ato do cadastro, é necessário que o voluntário apresente documento de identidade com foto, preencha uma ficha com informações pessoais e assine um termo de consentimento livre e esclarecido. Em seguida, será retirada uma pequena quantidade de sangue (5ml) do candidato a doador. O sangue será tipado por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste de laboratório para identificar as características genéticas do voluntário, como explicou Cíntia.
“O resultado do exame e seus dados pessoais serão incluídos no Redome. As informações genéticas do doador e dos pacientes serão cruzadas. Quando houver um paciente com possível compatibilidade, outros exames serão necessários e caso seja confirmada a compatibilidade, o voluntário será consultado para confirmar se deseja fazer a doação. Por este motivo, é necessário manter os dados sempre atualizados no Redome”, explicou.
A estudante Renata Pires aproveitou a campanha na Universidade e se voluntariou para a doação. “Devido à correria com estágio e atividades, por vezes deixo de contribuir com essas campanhas. Com o Hemomar vindo aqui fica mais fácil em colaborar”, disse ela.
A ação também chamou a atenção da estudante de Engenharia Química Ticiane Martins. “É uma ótima iniciativa, porque sempre tive vontade de doar, já li várias informações na internet, mas não sabia onde eram os postos de coleta, assim como muitas pessoas podem ter a mesma dúvida. Então, resolvi participar e conhecer melhor os procedimentos. Agora vou levar adiante essa campanha”, assegurou.
No Hemomar, o cadastro de doadores de medula óssea pode ser realizado de segunda a sexta-feira, das 08h às 18h, e aos sábados, das 08h às 12h.
Tratamento
O tratamento consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. Com isso, o organismo do paciente transplantado passa a produzir novas células da medula óssea e do sangue.
A doação pode ser feita de duas formas. A escolha do procedimento mais adequado é do médico. No primeiro caso, o doador é anestesiado em centro cirúrgico. A medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções com agulhas. Os doadores retornam às suas atividades habituais uma semana após a doação.
O segundo procedimento chama-se aférese. O doador toma um medicamento que faz com que as células da medula óssea sejam levadas para a corrente sanguínea. Estas células são retiradas pelas veias do braço do doador, com uso da máquina de aférese.
Nos dois casos, a medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias. l

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