Saúde

Metade das mortes por câncer poderia ser evitada

Estudo feito pela Escola Medicina de Harvard mostra que até 4º% dos casos de câncer são resultados de maus hábitos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

RIO DE JANEIRO

Até 40% dos casos de câncer, e metade das mortes pela doença, são resultados de maus hábitos que as pessoas podem mudar, e não problemas genéticos ou contaminação química, revela um novo estudo da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, publicado na revista especializada JAMA Oncology.

A equipe calculou que entre 20% e 40% dos casos totais e metade das mortes poderia ser evitada se as pessoas parassem de fumar, moderassem a bebida, mantivessem um peso saudável e fizessem meia hora de exercício moderado por dia.

O estudo consiste em dados de 140 mil profissionais de saúde, que foram acompanhados no longo prazo. Eles foram separados em dois grupos: os que tinham vida saudável e os que não tinham.

O padrão para "vida saudável" foi estabelecido em outros estudos. Incluiu não fumar, beber até dois drinques por dia (um para mulheres), manter um peso entre um índice de massa corporal 18,5 (bastante magro) e um levemente acima do peso 27,5, e ter uma hora de exercício forte ou 2h30 de exercício moderado na semana.

Bebida alcoólica

Beber muito aumenta risco de câncer de cólon, mama, fígado, na cabeça e no pescoço. Obesidade aumenta os riscos para o esôfago, o cólon e o pâncreas. Fumar causa entre 80 e 90% das mortes por câncer de pulmão.

Dos 140 mil, só 28 mil (20%) entraram na categoria "Vida saudável", e as diferenças eram claras nos resultados. Nas mulheres não-saudáveis, a taxa de câncer era de 618 casos para cada 100 mil pessoas. Nas saudáveis, são 463, uma redução de quase um terço. Entre os homens, são 425 casos para os não saudáveis, e 283 para os que mantém bons hábitos.

"A maioria dos casos de câncer poderiam ser evitados com uma boa prevenção e uma vida saudável", dizem os doutores Graham Colditz e Siobhan Sutcliffe, em um comentário avaliando o trabalho.

"As seguradoras e os médicos deveriam incentivar os pacientes a serem mais ativos, usarem menos celulares e computadores, comerem mais vegetais, controlarem o peso e se vacinarem. A comunidade também deve ajudar em termos macros, apoiando feiras de rua, lugares baratos para exercícios e prédios que incentivem a movimentação", dizem eles.


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