Influenza A

MA está entre os 5 estados com a pior cobertura na campanha de vacinação contra a gripe

Com apenas 63,1% da cobertura, o Maranhão ainda não cumpriu meta; 78,2% do público-alvo já se vacinou no país

OESTADOMA.COM

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
Campaha de vacinação em Sao Luís vai até esta quinta-feira
Campaha de vacinação em Sao Luís vai até esta quinta-feira (VACINA GRIPE )

SÃO LUÍS - Balanço do Ministério da Saúde mostra que 78,2% do público-alvo já se vacinou. Nove estados superaram a meta e todas as doses já foram enviadas. Ainda segundo o balanço, o Maranhão, com apenas 63,1%, é o quinto estado com o pior índice de cobertura. Lideram essa lista Piauí (55,8%), Roraima (57,4%), Acre (60,7%) e Mato Grosso (61%). A meta do MS é vacinar, pelo menos, 80% das 49,8 milhões de pessoas que compõem a população prioritária. Para isso, foram disponibilizadas pelo governo federal aos estados 54 milhões de doses da vacina. Cem por cento das doses da vacina foram entregues aos gestores estaduais até o dia 13 de maio, cumprindo com o acordo firmado no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), da qual fazem parte União, estados e municípios.

De acordo com o balanço, destacam-se nove estados que já bateram a meta e alcançaram cobertura superior a 80%: São Paulo (89,4%), Distrito Federal (89,2%), Espírito Santo (87,6%), Amapá (86%), Santa Catarina (85,8%), Rondônia (85,3%), Paraná (84%), Rio Grande do Sul (83,1%) e Goiás (81,8%).

“O Ministério da Saúde cumpriu, rigorosamente, o combinado com os estados e municípios para a campanha nacional de vacinação contra a gripe no que diz respeito à entrega das vacinas e a quantidade de doses para imunizar o público-alvo. O cronograma foi cumprido, o que possibilitou a que muitos estados do país conseguissem, inclusive, adiantar a vacinação”, destaca o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), João Gabardo.

VACINAÇÃO ANTECIPADA

Em todo o país, 22 estados da Federação puderam adiantar suas vacinações, o que permitiu a alta cobertura vacinal alcançada até este momento. “O Ministério da Saúde adquiriu doses em quantidade superior ao público-alvo, o que chamamos de reserva técnica. São mais de 4,2 milhões de doses a mais. O início do envio das doses no dia 1º de abril permitiu a antecipação da vacinação em vários estados”, complementou o secretário. É de responsabilidade dos estados encaminhar as doses aos municípios.

Até o momento, a região Sul apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a influenza, com 84%, seguida pelas regiões Sudeste (83%); Centro-Oeste (75,7%); Norte (73,3%) e Nordeste (70%). Dentre os grupos prioritários para a vacinação, os trabalhadores de saúde apresentam, até o momento, a maior cobertura, com 3,9 milhões de doses aplicadas, o que representa 95,2% dos profissionais a serem vacinados. Em seguida estão as puérperas, com 323,7 vacinadas (88,2%); 17 milhões de idosos (81,6%); crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), com 9,2 milhões de vacinados (72,1%); 1,4 milhão de gestantes (62,9%).

Com 331,2 mil doses aplicadas, 53,2% dos indígenas já foram vacinados. Como a vacinação deste grupo é realizada em áreas remotas, a atualização dos dados segue outra dinâmica. Também foram aplicadas 7,4 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidade, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, o que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação.

PÚBLICO-ALVO

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização da Mundial da Sáude (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

O quantitativo de pessoas que integram o público-alvo de cada município e a logística de distribuição das doses da vacina são definidos em reuniões da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que contam com a presença do governo federal, estaduais e municipais. O documento com a pactuação é assinado pelos presidentes dos Conselhos Nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Todos os anos o Ministério da Saúde recebe a vacina em etapas do laboratório produtor e, à medida que chegam as doses, estas são distribuídas imediatamente aos estados. A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir estratégias de contenção, conforme suas análises de risco, para a vacinação da população-alvo.

CASOS DA DOENÇA

Neste ano, até 9 de maio, foram registrados 2.808 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 2.375 por influenza A (H1N1), sendo 470 óbitos, com registro de um caso importado (o vírus foi contraído em outro país). Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Influenza do Ministério da Saúde.

O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas do país, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

A Região Sudeste concentra o maior número de casos (1.381) influenza A H1N1, sendo 1.209 no estado de São Paulo. Outros estados que registraram casos neste ano foram Rio Grande do Sul (198); Paraná (165); Goiás (153); Santa Catarina (102); Pará (101); Rio de Janeiro (70); Bahia (67); Distrito Federal (63); Paraíba (12); Alagoas (12); Rio Grande do Norte (11); Mato Grosso (7); Amapá (2); Rondônia (1); Roraima (1); Maranhão (1); Piauí (1) e Sergipe (1).

Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 223, seguido por Rio Grande do Sul (39); Goiás (26); Paraná (24); Rio de Janeiro (23); Santa Catarina (21); Pará (16); Bahia (15); Minas Gerais (14); Espírito Santo (14); Pernambuco (10); Mato Grosso do Sul (9); Paraíba (8); Ceará(6); Distrito Federal (6); Rio Grande do Norte (5); Mato Grosso (4); Alagoas (2); Amapá (2) e Maranhão (1).

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