Período junino

Corpo de Bombeiros convoca donos de arraiais para tratar de segurança

CBM se reuniu com organizadores dos 15 arraiais mais tradicionais de São Luís para debater procedimentos de combate a incêndio e evitar acidentes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

Com a proximidade do período junino, as autoridades de segurança pública do Estado começam a se preocupar com a tranquilidade nas festas em homenagem aos santos juninos. Ontem, no auditório da Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM) os organizadores dos 15 arraiais mais tradicionais de São Luís reuniram-se para debater procedimentos de combate a incêndio e evitar acidentes durante as festividades. Quem não cumprir as normas terá licença de funcionamento negada pelo Corpo de Bombeiros e pode até pagar multa, caso o arraial funcione descumprindo os itens de segurança.

O diretor do DAT, coronel Ernesto Luís França de Sousa, informou que todos os anos os donos e organizadores dos arraiais que tradicionalmente são montados na cidade são convocados para uma reunião em que são informados das regras que precisam cumprir para ter o local liberado. “Para obter todas as licenças que são necessárias para o funcionamento do arraial é necessário primeiro a licença emitida pelo Corpo de Bombeiros”, frisou o coronel França.

Segurança
Na reunião de ontem, foram frisados a importância do cumprimento de itens de segurança como um balde com areia, que pode ser usado em caso de princípio de incêndio. Caso o arraial tenha palco, é preciso haver um extintor de incêndio. Outro ponto importante foi a definição do número de brigadistas nos arraiais.

“Um arraial que receba mil pessoas precisa ter três brigadistas e a cada mil pessoas a mais aumenta em um o número de brigadistas que é necessário para garantir a segurança”, explicou coronel França.
Conforme a regra, se o arraial for frequentado por duas mil pessoas, é obrigatória a presença de quatro brigadistas. Se forem três mil frequentadores, cinco brigadistas, e assim por diante. Ainda segundo o diretor do DAT, o proprietário deve solicitar a vistoria do Corpo de Bombeiros pelo menos uma semana antes da abertura, para que se tenha tempo hábil para vistoriar e corrigir as possíveis irregularidades.

Vistoria
Quando os donos de arraiais procuram o Corpo de Bombeiros para solicitar a vistoria, recebem do CBM um croqui do modelo de arraial que deve ser montado para garantir segurança e conforto aos frequentadores. De acordo com o DAT, os responsáveis pelos arraiais devem informar o total de barracas e a forma como elas estarão dispostas no local. Elas deverão ter, pelo menos, um metro de afastamento entre elas. Caso estejam dispostas em grupos de três barracas o espaço deverá ser de dois metros.

É preciso também informar a existência das saídas de emergência, caso o local seja fechado, e o local exato da chave geral de luz. Sobre as saídas de emergência é importante frisar que as portas devem ter uma abertura mínima de dois metros de dentro para fora do arraial. Próxima à chave geral, para evitar maiores incidentes em caso de curto-circuito, terá de ser alocado um extintor de incêndio PQS de 6kg.
Cada barraca deverá ter um disjuntor próprio e uma tomada para cada ponto elétrico.

Durante o período junino, serão feitas fiscalizações nos arraiais para verificar se as medidas de segurança estão sendo cumpridas. Caso não, o dono é multado e o arraial pode ser interditado, dependendo da norma que esteja sendo descumprida.

SAIBA MAIS
Caso sejam utilizados fogos de artifício, deve-se observar a procedência do produto para saber se o fabricante está licenciado pelo CBM, mas a recomendação do DAT que o uso de fogos sejam evitados nas proximidades de barracas e fogueiras. Na hora de soltar os fogos, a pessoa que for manuseá-los deve buscar uma área livre a cinco metros das barracas e, no caso de rojões, usar um extensor de pelo menos 1,5 metro para evitar lesões nas mãos e nos braços.

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