Cuidados

Encontro discute formas de tratamento da hemofilia

Atividade foi realizada na manhã de ontem no Hemomar, no bairro da Jordoa, em comemoração ao Dia Internacional da Hemofilia, em 17 de abril

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

SÃO LUÍS - Em comemoração ao Dia Internacional da Hemofilia, 17 de abril, o Centro de Hemoterapia e Hematologia do Maranhão (Hemomar), em São Luís, promoveu ontem palestras durante o III Encontro de Hemofilia do Maranhão para discutir as formas de tratamento da doença, que atinge cerca de 12 mil pessoas em todo o Brasil.

Uma das palestras foi proferida pela hematologista Ana Ranoy, que falou sobre o tratamento profilático que ajuda na melhoria na qualidade de vida da pessoa que tem esse problema. Em todo o Maranhão, existem aproximadamente 200 pessoas hemofílicas que são atendidas pelo Hemomar, no bairro Jordoa, em São Luís.

“Nos últimos anos melhoramos o tratamento e é feita a infusão do fator de coagulação de forma profilática, duas ou três vezes por semana. Com esse tratamento, existe a melhoria na qualidade de vida do paciente”, Ana Ranoy.

Wadenilson Rocha de Jesus, de 30 anos, residente no bairro São Raimundo, em São Luís, disse que houve melhorias em sua saúde após o início do tratamento profilático. Ele contou ainda que, antes do tratamento, sangrava várias vezes ao longo do ano, o que causava desconfortos.

“O tratamento melhorou muito a minha vida. Eu terminei um curso, estou trabalhando e agora tenho uma vida mais saudável, podendo passear com a família e amigos. Ainda não está cem por cento, mas estamos no rumo certo”, disse. A sua única reclamação é relacionada com a pouca divulgação do problema, uma vez que profissionais de muitas unidades de saúde ainda não sabem lidar com a hemofilia.

Alteração genética

A Hemofilia é uma alteração genética e hereditária no sangue e se caracteriza pela deficiência de uma proteína da coagulação. O sangue é feito por várias substâncias e cada uma tem uma função. Algumas delas, são as proteínas chamadas fatores da coagulação, que ajudam a estancar as hemorragias.

Assim, quando alguma parte corpo sofre algum corte e a pessoa começa a sangrar, as proteínas entram em ação para estancar o sangramento. Esse processo é chamado de coagulação. Mas a pessoa com hemofilia não possui um dos fatores em quantidade ou qualidade suficiente. Por isso, o seu sangue demora mais para formar um coágulo. E quando ele se forma, não é capaz de interromper o sangramento.

Embora a hemofilia seja uma doença para toda a vida, com o tratamento adequado e o autocuidado a maioria das pessoas pode manter um estilo de vida ativo e produtivo.

Os sintomas da Hemofilia são os sangramentos, principalmente dentro das articulações e dos músculos. Mas também podem ser externos, por meio das mucosas do nariz, gengiva, etc. Ao contrário do que alguns imaginam, a pessoa com hemofilia, quando se machuca, não sangra mais rápido do que outra sem a deficiência. Esse sangramento geralmente se mantém por um tempo maior e recomeça por vários dias depois do ferimento ou cirurgia.

Os sangramentos podem tanto surgir após um trauma quanto sem razão aparente, sendo que os ferimentos causados por cortes na pele levam um tempo maior para estancar. Nas pessoas com hemofilia grave, as simples atividades normais da vida diária podem produzir hemorragias.

Mais

O Dia Mundial da Hemofilia foi criado para divulgar melhor a doença e as suas implicações, aumentado a conscientização da população em geral, reduzindo preconceitos e facilitando a luta pelos direitos dos hemofílicos.

A data de 17 de Abril foi escolhida como homenagem a Frank Shnabel, fundador da Federação Mundial de Hemofilia, que nasceu nesse dia. Esse dia é comemorado atualmente em mais de 100 países em todo o mundo.

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