Foram registradas 87 ocorrências do início do ano até ontem, pela Defesa Ci­vil em São Luís. As situações adversas, como alagamentos, deslizamentos e desabamentos, entre outros, aconteceram nas áreas de risco da cidade e incluem também atendimentos feitos pelo órgão em outros pontos da cidade.

Das ocorrências registradas, 10 foram de alagamentos causados pelas últimas chuvas que atingiram a cidade. Além disso, os dados do órgão mostram ainda que este ano foram registrados três casos de desabamentos de casas de taipa e dois deslizamentos. O restante das ocorrências foram vistorias feitas pela Defesa Civil em casos específicos.

Chuvas
De acordo com Elithânia Barros, superintendente da Defesa Civil municipal, como o volume de chuvas está abaixo dos índices que são registrados normalmente para o período, a quantidade de ocorrências contabilizada pelo órgão também foi considerada abaixo da normalidade.

“As ocorrências que chegam até a Defesa Civil, nem sempre são de áreas de risco. Os alagamentos não têm causado tantos danos por cau­sa do índice pluviométrico, que ainda é considerado baixo. Por causa do baixo índice, nós ainda não tivemos tantas ocorrências ligadas às áreas de risco”, disse a superintendente da Defesa Civil da cidade, órgão ligado à Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc).

Risco
A Defesa Civil Municipal já mapeou 60 áreas de risco na cidade, que são os locais mais suscetíveis a ter problemas por causa das chuvas, como alagamentos, deslizamentos e desabamentos.

As áreas com risco de alagamento e deslizamento estão localizadas em bairros como Salinas do Sacavém, Coroadinho Vila Bacan­ga, Vila Isabel, Quinta do Machado, Vila Embratel, Sá Viana, Itapera, Quebra-Pote, Sacavém, Geniparana, Residencial José Reinaldo Tavares, Vila Lobão, Vila Ayrton Sen­na, Recanto Canaã, Vila Funil, entre outros. São mais de 600 famílias que moram nessas regiões.

No centro da cidade também existem áreas mapeadas pela Defesa Civil. Esses pontos localizam-se principalmente no Centro Histórico, por causa dos casarões an­tigos, tombados pelo Patrimônio Histórico, e que podem desabar em uma forte chuva que eventualmente atinja São Luís.

O bairro Sá Viana, localizado na área Itaqui-Bacanga, contém pontos que estão em situação de risco, conforme o levantamento feito pela Defesa Civil. Algumas regiões da comunidade localizam-se em áreas baixas e, como consequência, são facilmente inundadas pela água da chuva. Há também residências situadas próximo a grandes barreiras, que eventualmente podem desabar e soterrar as casas em uma forte chuva.

Muita água
A dona de casa Luciana Pinto mora na Rua São Geraldo, no Sá Viana, e contou que na semana passada a sua residência foi invadida pela água durante um alagamento. Para evitar esse tipo de transtorno, ela disse que coloca entulhos na porta da sua casa, construindo uma espécie de barreira para evitar que a água entre em sua residência, contudo nem sempre essa atitude tem o êxito esperado.

“Quando chove é um transtorno para todos nós. A rua fica cheia e não se pode passar e algumas vezes nem sair de casa. Até mesmo as crianças não vão para a escola porque elas não têm como andar”, relatou a dona de casa.
Para evitar transtornos semelhantes, a Defesa Civil Municipal adota regularmente medidas preventivas, a fim de minimizar os impactos dos desastres que, por ventura, venham a acontecer por causa das chuvas como reunião frequentes com comunidades em áreas de risco; capacitação das lideranças comunitárias que atuam nessas áreas para ajudar, de forma eficaz, caso haja necessidade; monitoramento constante dessas áreas; vistorias técnicas e emissão de laudos sempre que houver necessidade e encaminhamento dos laudos para órgãos competentes.

NÚMEROS

87 é a quantidade total de ocorrências registradas este ano pela defesa civil
10 ocorrências de alagamentos
3 casos de desabamentos
2 casos de deslizamentos

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