Um dado alarmante. Atualmente, pelo menos 85% dos pacientes assistidos por meio do Centro de Atenção Psicossocial (Caps AD) – mantido pelo Governo do Maranhão – são dependentes de crack. Ainda de acordo com a direção do serviço, os bairros Barreto (24%), Cidade Operária (14,2%), Liberdade (13,7%) e João Paulo (13,1%) são apontados com maior quantidade de pessoas com este perfil.

Por mês, de acordo com o Caps, 350 pacientes, em média, procuram os serviços do Centro – que conta com uma equipe formada especialmente por psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, médicos clínicos, nutricionistas, entre outros. Do total de pacientes, 90% são oriundos de um dos quatro municípios da Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa). O restante é oriundo do interior do Maranhão.

Da quantidade de pacientes recebidos pelo serviço, apenas 25% estão em plena recuperação. Outros 15% do público renunciaram ao tratamento e os demais 60% tiveram diminuição gradativa na dependência.

“Apesar do percentual de pessoas que ainda abandonam o tratamento, é importante ressaltar que se trata de um número positivo, ou seja, relacionado ao número de pessoas que se recuperam ou aceitam o tratamento. Para a cura, a primeira coisa é aceitar que você está doente”, disse o diretor do Caps AD, Marcelo Costa.

Para dar apoio ao trabalho no Caps, o serviço também conta com uma unidade auxiliar, localizada na Praça do Rodão, ao lado da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Cohab. No lo­cal, são assistidas as pessoas em dependência crônica e que poderão ficar internadas por até seis meses de forma ininterrupta. Para outras informações, basta ligar para o (98) 32364741. O endereço do Caps AD é a Rua Conde d´Eu, sem número, bairro Monte Castelo, São Luís.

Números
350 pacientes são assistidos por mês no Caps AD
60% dos pacientes tratados tiveram diminuição da dependência química
85% dos casos estão relacionados ao uso do crack
24% dos pacientes do crack são originários do bairro Barreto, em São Luís
90% dos pacientes do Caps são da Grande Ilha

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