Censo Escolar 2015

Censo que pré-escola ainda precisa alcançar 600 mil crianças

Universalização do atendimento em 2016 é meta do Plano de Educação; Mercadante diz que desafio é atender áreas remotas e periferias

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

Brasília - O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem o resultado do Censo Escolar 2015. O levantamento aponta que 600 mil crianças com 4 e 5 anos que deveriam frequentar a pré-escola ainda não eram atendidas no Brasil.

O número representa 17,3% da população nesta faixa etária. O resultado apresentado pelo MEC compara os dados do IBGE com as matrículas colhidas pelo Censo Escolar no ano passado.

O Plano Nacional de Educação (PNE) estabeleceu como meta é ter 100% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas na pré-escola até 2016.

De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, a maior dificuldade para o cumprimento da meta é promover o atendimento escolar em áreas mais remotas e periferias das grandes cidades. “São as crianças mais pobres que ainda não tem acesso à escola”, disse. Para o ministro, a inclusão vai gerar efeitos nos resultados dos anos posteriores. “Vai ajudar a alfabetização e o letramento”, disse Mercadante.

O ministro ressaltou que o atendimento escolar tem índices mais altos para as crianças de 5 anos, de 90,2%, enquanto o índice específico para aquelas com 4 anos é de 75,5%. "Mesmo com a carência de recursos que temos neste ano, esta meta vai avançar bem", disse Mercadante. "É uma meta possível", disse.

De acordo com os dados do Censo Escolar 2015, há 105 mil escolas que oferecem pré-escola no Brasil e elas atendem a 4,9 milhões de alunos, sendo que um em cada quatro alunos da pré-escola frequenta a rede privada.

Busca
O MEC diz que vai lançar, no início de abril, um programa de busca ativa por 1,6 milhão de adolescentes entre 15 e 17 anos que deixaram a escola. Segundo Mercadante, a proposta é buscar uma força tarefa com outros órgãos da administração pública, sobretudo com os governos estaduais, para localizar os jovens. A força-tarefa ainda deve incluir equipes de saúde da família e assistência social.

Segundo Mercadante, o MEC diz ter estruturado, pela primeira vez, um banco de dados que compila informações sobre quem são esses adolescentes que deixaram a escola. "A dificuldade é como convencer esses jovens a voltar para as escolas", disse Mercadante. “Não vamos resolver isso em um único ano.”

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