Emprego em crise

Cursos rápidos são alternativa para o mercado de trabalho

Em tempo de crise e de desemprego, a formação técnica, profissionalizante ou qualificação profissional podem abrir novas oportunidades de emprego e renda

Jock Dean

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
Alunos participam de aula de técnico em redes de computadores em busca de qualificação
Alunos participam de aula de técnico em redes de computadores em busca de qualificação (Informatica)

SÃO LUÍS - A desaceleração da economia afetou diretamente o número de vagas de emprego em todo o país. Somente em janeiro deste ano, 1.995 postos de trabalho foram fechados em São Luís, segundo dados do Cadastro Ge­ral de Empregados e Desempregados (Caged). O mercado desaquecido, no entanto, não tira a esperança de quem está desempregado. Os cursos técnicos e de qualificação são vistos como alternativa para fugir da crise e reconquistar um emprego no momento em que as empresas vol­tarem a contratar.

Segundo Marco Moura, diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a crise econômica, que se refletiu no fechamento de postos de trabalho, provocou uma nova dinâmica no mercado, que vê determinados setores se desacelerarem, passando a investir em outras áreas. “Agora, é necessário se adequar à demanda, observando os setores mais promissores. Isso é válido tanto para quem contrata quanto para quem quer uma vaga de emprego”, comentou.

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E essa dinâmica fez crescer a procura por cursos que possibilitam o empreendedorismo. “A construção civil foi um dos setores que mais sofreu desaceleração, mas áreas como manutenção, mecânica e ocupações nas áreas de panificação, confeitaria e vestuário apresentaram um crescimento. No caso das ocu­pações, esse crescimento ocorreu porque muita gente que perdeu o emprego vê nessas ocupações a possibilidade de se tornar trabalhador autônomo ou empreender o próprio negócio”, afirmou Marco Moura.

Curso
Na semana passada, o Senai iniciou uma turma do curso de “Cos­tureira sob medida”. No curso, que tem maioria feminina, é ensinado o processo industrial de produção de peças vestuário: modelagem, corte e costura. Des­sa forma, após a conclusão os egressos estão aptos tanto para tentar uma vaga no mercado de trabalho quanto trabalharem de forma autônoma. Como o Maranhão está se preparando para a temporada junina, profissionais dessa área costumam ser muito disputadas nesse período em que são confeccionadas as indumentárias dos brincantes.

Assim como em qualquer profissão, o candidato que conclui um curso profissionalizante precisa se destacar para conseguir se manter no mercado. Outro ponto importante a ser considerado é avaliar se o curso escolhi­do vai de acordo com as vagas dis­poníveis. Mas isso já foi percebido por quem está buscando este tipo de curso. “Eu estou fazendo um curso de consultoria em vendas no Senac. Eu já trabalho como vendedor e o comér­cio não está em um momento muito bom. Então, achei melhor me qualificar”, comentou Jefferson Lima.

E ele tem razão. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL), o momento pede o enxugamento dos custos. “O empresário vai trabalhar com o quadro de funcionários que já tem. Esta é uma realidade nacional, e também em São Luís, o volume de contratações de trabalhadores para o comércio este ano deve ser baixo”, avaliou o presidente da entidade, Fábio Ribeiro.

SAIBA MAIS
Cursos técnicos


Cursos técnicos e profissionalizantes têm como objetivo capacitar o participante para atuar no setor produtivo, com um ensino focado e rápido. Seu diferencial está nos conhecimentos práticos,
ao apresentar métodos e experiências do cotidiano empresarial. O curso técnico é focado na empregabilidade. O participante tem acesso imediato ao mercado de trabalho.

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