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Queda no consumo das famílias brasileiras foi responsável por retração econômica

Atividade econômica abriu o ano de 2016 com dupla queda histórica, segundo Serasa; tombo da atividade industrial não ocorria desde fevereiro de 2009

O Estadoma.com, com informações de assessoria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50
(consumo das famílias)

SÃO PAULO – A queda no consumo das famílias foi a principal responsável pela queda da atividade econômica registrada no início deste ano. O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) exibiu queda de 0,1% em janeiro deste ano, descontado os devidos ajustes sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a retração da atividade produtiva do país foi de 6,1%, ampliando o recuo de 5,7% observado na comparação interanual do mês anterior (dezembro/15).

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a dupla queda observada na atividade econômica em janeiro, isto é, contra o mês imediatamente anterior (dezembro/15) e contra janeiro/15, representa tanto um prolongamento quanto um aprofundamento do atual quadro recessivo do país.

Pelo lado da oferta agregada, a queda de 1,0% na atividade industrial foi a responsável pela retração da atividade econômica do país em janeiro/16. Vale notar que o recuo interanual da indústria, isto é, a comparação janeiro/16 vs. janeiro/15, atingiu 11,7%. Tamanho tombo da atividade industrial não ocorria desde fevereiro de 2009. O setor de serviços exibiu um pequeno crescimento de 0,2% ao passo que a atividade agropecuária registrou avanço significativo de 2,2% no primeiro mês do ano.

Do ponto de vista da demanda agregada, a retração de 1,1% observada no consumo das famílias foi a principal responsável pela queda na atividade econômica no primeiro mês deste ano. Vale notar que, na comparação interanual (jan/16 vs. jan/15), a retração de 7,6% observada no consumo das famílias foi recorde negativo de toda a série histórica. Também o setor externo, com exportações recuando 0,1% e importações crescendo 4,%, pesou negativamente sobre a economia em janeiro/16. Na direção contrária, porém sem forças para contrabalançar integralmente as pressões negativas sobre a economia, observou-se crescimento de 1,4% no consumo do governo e de 3,9% nos investimentos.

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